O porta-voz do Conselho Nacional de Defesa Civil do Sudão, brigadeiro-general Abdul-Jalil Abdul-Rahim, disse ainda que pelo menos 36 pessoas ficaram feridas desde o início da época das chuvas.
O balanço até agora inclui cerca de 20 mil casas "completamente destruídas" em todo o país e mais de 30 mil parcialmente danificadas, acrescentou o porta-voz.
As Nações Unidas disseram que mais de 146.200 pessoas foram afetadas pelas inundações e imagens transmitidas pela imprensa local mostram o aumento das águas a submergir aldeias, tendo as autoridades declarado o estado de emergência em seis das 18 províncias do país.
A região ocidental de Darfur e as províncias do Rio Nilo, Nilo Branco, Kordofão Ocidental e Cordofão do Sul estão entre as mais atingidas, de acordo com o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA, no acrónimo em inglês).
As agências da ONU deparam-se com uma escassez significativa de financiamento.
O OCHA disse que os doadores forneceram cerca de 608 milhões de dólares (cerca de 610 milhões de euros) para a resposta humanitária no Sudão até agora, ou seja menos de um terço do que é necessário para este ano.
O Sudão está sem um governo em funcionamento desde que um golpe militar em outubro de 2021 interrompeu o processo de transição democrática lançado após o derrube em 2019 do ditador Omar al-Bashir, na sequência de protestos populares.
A estação chuvosa do Sudão geralmente começa em junho e dura até ao final de setembro, com picos de inundações em agosto e setembro.
Mais de 80 pessoas morreram no ano passado em incidentes relacionados com inundações durante a estação chuvosa.
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