A Ucrânia celebra, esta quarta-feira, 24 de agosto, o 31.º aniversário da sua independência. No dia em que também se assinala o sexto mês da invasão russa da Ucrânia, foram vários os líderes mundiais que parabenizaram o país e expressaram o seu apoio face ao conflito armado com a Rússia.
O ministro dos Negócios Estrangeiros português, João Gomes Cravinho, que se encontra em Kyiv, disse ser “uma honra” estar na capital ucraniana num dia “de grande simbolismo, em que se celebram os 31 anos da independência que a Rússia procurou esmagar”.
“Trago de Portugal uma mensagem de solidariedade, e de apoio político, militar, financeiro e humanitário”, referiu na rede social Twitter.
É uma honra estar em Kyiv neste dia de grande simbolismo, em que se celebram os 31 da independência que a Rússia procurou esmagar. Trago de Portugal uma mensagem de solidariedade, e de apoio político, militar, financeiro e humanitário. 🇵🇹🤝🇺🇦 https://t.co/zG7SJEvfKP
— João Cravinho (@JoaoCravinho) August 24, 2022
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, "enviou uma carta de felicitações" ao seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, "reafirmando o seu empenho, bem como o de todos os portugueses, no estreitamento dos laços bilaterais de amizade e de cooperação que unem os dois países".
Já o primeiro-ministro, António Costa, deu os "parabéns à Ucrânia e aos ucranianos nestas celebrações do seu Dia da Independência", começou por escrever, naquela que é "uma data, este ano, especial afirmando a coragem e resistência dessa nação".
Os meus parabéns à Ucrânia e aos ucranianos nestas celebrações do seu Dia da Independência. Uma data, este ano, especial afirmando a coragem e a resistência dessa nação. A Comunidade Internacional não pode esquecer a #Ucrânia. #Portugal permanece ao vosso lado.
— António Costa (@antoniocostapm) August 24, 2022
Por sua vez, o presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, "reafirmou" a solidariedade de Portugal "com a luta da #Ucrânia em defesa da independência e da integridade territorial".
No seu Dia da Independência Nacional, saúdo o povo e o Parlamento ucraniano. Reafirmo a nossa solidariedade com a luta da #Ucrânia em defesa da independência e da integridade territorial.
— Augusto Santos Silva (@ASantosSilvaPAR) August 24, 2022
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, um dos principais aliados da Ucrânia, a quem o presidente da Ucrânia já apelidou de “amigo” em diversas ocasiões, reiterou o apoio do Reino Unido ao país invadido “durante o tempo que for preciso”. “Ao povo da Ucrânia, no vosso Dia da Independência, quero que saibam isto: Durante o tempo que for preciso, o Reino Unido estará convosco”, escreveu também no Twitter.
To the people of Ukraine on your Independence Day, I want you to know this: For however long it takes, the United Kingdom will stand with you.
— Boris Johnson (@BorisJohnson) August 24, 2022
У День Незалежності України я хочу, щоб її народ знав:
Велика Британія стоятиме поряд з вами стільки, скільки знадобиться. pic.twitter.com/6Gn9sYspzK
Também a ministra dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido e candidata a chefe de governo, Liz Truss, recorreu às redes sociais para condenar o presidente russo, Vladimir Putin, e prometer o seu apoio à Ucrânia.
“Hoje, o povo ucraniano celebra a sua independência, mas tem de lutar pelo futuro do seu país. Como primeira-ministra, farei tudo o que estiver ao meu alcance para assegurar que a chama da liberdade na Ucrânia continue a arder. Putin não pode prevalecer”, destacou.
Today the Ukrainian people celebrate their independence, but they are having to fight for their country’s future.
— Liz for Leader (@trussliz) August 24, 2022
As Prime Minister, I will do everything I can to ensure the flame of freedom in Ukraine continues to burn bright.
Putin cannot prevail.https://t.co/eouOgYCWLK
O presidente polaco, Andrzej Duda, lembrou que a “Polónia foi o primeiro país do mundo a reconhecer a independência da Ucrânia” e afirmou que “hoje, também, estará ao seu lado em solidariedade” enquanto “defende a sua liberdade na luta contra os agressores russos”.
Polska jako pierwsza w świecie uznała niepodległość Ukrainy. Dzisiaj również solidarnie stoimy przy Was, gdy Ukraina broni swej wolności, odpierając rosyjskich agresorów. Wiem, że zwyciężycie – Prezydent @AndrzejDuda z okazji Dnia Niepodległości Ukrainy. pic.twitter.com/IoUfy3zOgC
— Kancelaria Prezydenta (@prezydentpl) August 24, 2022
A mensagem do ministro dos Negócios Estrangeiros, Zbigniew Rau, vai ao encontro do que foi ‘prometido’ pelo presidente Duda. “Embora a celebração deste ano, seis meses após o início da invasão russa, seja diferente, [a Ucrânia] não está sozinha. Desejo a todos os ucranianos força, paz e perseverança na sua luta pela liberdade e independência”, destacou.
For 31 years, Ukraine has proudly celebrated Independence Day.
— Zbigniew Rau (@RauZbigniew) August 24, 2022
Although this year's celebration, six months since the beginning 🇷🇺 invasion, is different, you are not alone.
I wish all Ukrainians strength, peace and perseverance in their fight for freedom and independence. 🇵🇱🇺🇦
O presidente da Lituânia, Gitanas Nauseda, mandou uma mensagem de “força” ao seu homólogo ucraniano e à “nação que luta pela liberdade com incrível coragem, rebeldia e dignidade” pelas “atrocidades da guerra russa”. “Hoje, a Ucrânia celebra o Dia da Independência, enquanto também marca seis meses desde o início das atrocidades da guerra russa. Desejo força a Zelensky e à nação ucraniana que luta pela liberdade com incrível coragem, rebeldia e dignidade. A Lituânia está sempre convosco”, afirmou.
Today Ukraine celebrates Independence Day, while it also marks six months since the beginning of Russian war atrocities.
— Gitanas Nausėda (@GitanasNauseda) August 24, 2022
Wishing strength to @ZelenskyyUa& 🇺🇦 nation who fights for freedom with incredible courage, defiance& dignity.
Lithuania is always with you 🇱🇹🇺🇦! pic.twitter.com/Wxl3vG7qfk
Por sua vez, o ministro dos Negócios Estrangeiros lituano, Gabrielius Landsbergis, lembrou o fim da “ocupação soviética” e a situação atual da Ucrânia. “Em 1989, cidadãos dos Estados bálticos de mãos dadas de Vilnius a Tallinn, provocando o fim da ocupação soviética. A Lituânia irá permanecer com a Ucrânia até que todos os ocupantes sejam derrotados também ali”, escreveu na descrição de uma fotografia.
In 1989, citizens of the Baltic States held hands from Vilnius to Tallinn, triggering the end of the Soviet occupation. Lithuania will #StandWithUkraine until all occupiers are defeated there too.
— Gabrielius Landsbergis (@GLandsbergis) August 23, 2022
A. Stanevičiaus pic.twitter.com/yt5i2dUpOQ
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Macedónia do Norte, Bujar Osmani, telefonou ao seu homólogo ucraniano, Dmytro Kuleba, para lhe garantir a união "na luta pela sua liberdade" e pelos seus "valores democráticos comuns".
On the #IndependenceDay of #Ukraine call w/ @DmytroKuleba
— Bujar Osmani (@Bujar_O) August 24, 2022
We stand united with Ukrainian people in the struggle for their freedom & our common democratic values. Reiterated 🇲🇰 support for 🇺🇦 sovereignty & territorial integrity
Вітаю з Днем Незалежності України!#СлаваУкраїни pic.twitter.com/XNoJAl8eTF
Também o ministro dos Negócios Estrangeiros da Letónia, Edgars Rinkēvičs, enviou os "calorosos parabéns" a Kuleba e a todos os "amigos ucranianos". "A Letónia apoia plenamente a vossa luta pela liberdade e integridade territorial contra a agressão russa", garantiu.
Warm congratulations from #Latvia to @DmytroKuleba and all our Ukrainian friends celebrating Independence Day, Latvia fully supports your fight for liberty and territorial integrity against Russian aggression. #Ukraine will win #СлаваУкраїні #Героямслава
— Edgars Rinkēvičs (@edgarsrinkevics) August 24, 2022
🇺🇦 🇺🇦 🇺🇦
Na Finlândia, o presidente Sauli Niinistö enviou “as mais sinceras felicitações” a Zelensky e ao povo da Ucrânia. “A Finlândia permanece com a Ucrânia e manteremos o nosso apoio inabalável durante o tempo que for necessário”, prometeu.
My most sincere congratulations to President @ZelenskyyUa and to the people of #Ukraine on your Independence Day. Finland stands with Ukraine, and we will continue our unwavering support for as long as needed. pic.twitter.com/7DB3EpNho7
— Sauli Niinistö (@niinisto) August 24, 2022
A primeira-ministra, Sanna Marin, desejou “sinceros parabéns” aos “ucranianos e heróis” pelo seu dia nacional. “São corajosos e inabaláveis. Estamos convosco. Não desviaremos o olhar. Não esqueceremos a Ucrânia e o seu povo. Slava Ukraini!”, escreveu.
Our heartfelt congratulations to #Ukraine and heroic Ukrainians on your national day. You are brave and unyielding. We stand with you. We won’t look away. We won’t forget Ukraine and its people. Slava Ukraini! 🇺🇦🇫🇮 pic.twitter.com/aQKXdKlthv
— Sanna Marin (@MarinSanna) August 24, 2022
Numa outra publicação, a governante lembrou que “já passou meio ano desde que a guerra começou”. “Tem trazido muito sofrimento, tristeza e preocupação. Além de unidade, força e determinação. O povo ucraniano é corajoso e inquebrável”, destacou.
A presidente da Moldávia, Maia Sandu, destacou “a coragem” do povo ucraniano na defesa pela sua pátria. “Lutadores pela liberdade, independência e democracia. São uma inspiração para as gerações vindouras”, frisou.
On the Independence Day of #Ukraine, we admire the courage& defiance of 🇺🇦people - defenders of their home & fighters for freedom, independence & democracy. You are an inspiration for generations to come.
— Maia Sandu (@sandumaiamd) August 24, 2022
We stand with you & wish you peace & prosperity. Happy Independence Day 🇺🇦! pic.twitter.com/eEpk4zdf0p
Destaca-se também a mensagem do presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, principal aliado da Rússia. “O presidente bielorrusso desejou aos ucranianos um céu pacífico, tolerância, coragem e força para restaurar uma vida boa”, lê-se num comunicado do seu gabinete.
O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sanchéz, afirmou que a “Ucrânia é hoje o coração da Europa” e frisou que “a liberdade e a democracia vencerão sempre à imposição e à violência”. “Hoje, como há seis meses, a Espanha está e estará sempre ao lado do povo ucraniano na sua luta para defender um futuro livre e pacífico”, escreveu.
Ucrania es hoy el corazón de Europa.
— Pedro Sánchez (@sanchezcastejon) August 24, 2022
La libertad y la democracia vencerán siempre a la imposición y la violencia. Hoy, como hace seis meses, España está y estará siempre junto al pueblo ucraniano en su lucha por defender un futuro libre y en paz.#UkraineIndependenceDay
Em França, o presidente Emmanuel Macron deixou uma "mensagem de amizade" ao povo ucraniano, a que garantiu também apoio.
Українки, Українці, іменем Франції в цей День Незалежності України Я передаю вам послання дружби.
— Emmanuel Macron (@EmmanuelMacron) August 24, 2022
Ukrainiennes, Ukrainiens, au nom de la France, en ce Jour de l'Indépendance de l'Ukraine, je tenais à vous adresser ce message d’amitié. pic.twitter.com/QhFZBphFQ1
O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Bélgica referiu as “condições extremamente difíceis” em que a Ucrânia celebra o seu Dia da Independência, mas reiterou “o seu inabalável apoio e compromisso com a independência, soberania e integridade territorial” do país.
🇺🇦 Today, August 24, is #Ukraine's Independence Day, albeit in extremely difficult conditions.
— 🇧🇪 Belgium MFA (@BelgiumMFA) August 24, 2022
Belgium reiterates its unwavering support and commitment to Ukraine's independence, sovereignty and territorial integrity within its internationally recognised borders. pic.twitter.com/xnqbQYlM22
Na Alemanha, a ministra dos Negócios Estrangeiros, Annalena Baerbock, lamentou “as muitas mortes que a guerra da Rússia já provocou” e afirmou que o país continuará a apoiar a Ucrânia “enquanto precisar”. “Putin não mostra sinais de paragem. Juntos teremos um fôlego mais longo”, destacou.
Der #Unabhängigkeitstag der #Ukraine ist eigentlich ein fröhlicher, ein festlicher Tag. Anstatt heute gemeinsam zu feiern, müssen Ukrainer*innen um Freunde, um Familie bangen. Zusammen mit ihnen trauern wir um die vielen Toten, die Russlands Angriffskrieg bereits forderte. (1/3)
— Außenministerin Annalena Baerbock (@ABaerbock) August 24, 2022
Wopke Hoekstra, ministro dos Negócios Estrangeiros dos Países Baixos, destacou que "O Dia da Independência da Ucrânia deste ano é mais significativo do que nunca para a Ucrânia, para a Europa e para o mundo" e que "os ucranianos têm o direito inalienável de decidir o seu próprio futuro".
This year’s #UkraineIndependenceDay is more significant than ever for Ukraine, for Europe and for the world. The Ukrainians have an inalienable right to decide their own future. Today, I underlined the unwavering support of the Netherlands for 🇺🇦 and its people. #StandWithUkraine pic.twitter.com/4llBClZVB9
— Wopke Hoekstra (@WBHoekstra) August 24, 2022
O secretário-geral da aliança transatlântica NATO, Jens Stoltenberg, recorreu às redes sociais para “prestar homenagem às corajosas mulheres e homens que lutam pela sua liberdade e pelo seu país”. “A NATO tem apoiado a Ucrânia desde a sua independência e [a Ucrânia] pode continuar a contar com a NATO durante o tempo que for preciso. A Ucrânia vai prevalecer”, afirmou.
On #Ukraine’s independence day I pay tribute to the brave Ukrainian women & men fighting for their freedom & their country. #NATO has supported Ukraine since its independence & you can continue to count on NATO for as long as it takes. Ukraine will prevail! pic.twitter.com/IYLN5sNH8m
— Jens Stoltenberg (@jensstoltenberg) August 24, 2022
Na União Europeia (UE), a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, dirigiu-se aos cidadãos ucranianos, frisando que “nunca poderemos igualar os sacrifícios que estão a fazer todos os dias”. Num pequeno discurso, a responsável reiterou o apoio da UE também “durante o tempo que for preciso”.
Dear citizens of Ukraine, we can never match the sacrifices you are making every day.
— Ursula von der Leyen (@vonderleyen) August 24, 2022
But we can and will stand by your side.
The EU has been with you in this fight from the very beginning. And we will be for as long as it takes.#UkraineIndependenceDay pic.twitter.com/00iLU8I7sw
Por seu lado, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, saudou a celebração do Dia da Ucrânia, vincando que a independência e a liberdade ucranianas são "a independência e a liberdade" europeias e destacando a "defesa corajosa" face à Rússia.
Dear 🇺🇦 friends, today is the#UkraineIndependenceDay.
— Charles Michel (@CharlesMichel) August 24, 2022
An independence you are bravely defending for 6 months now against Russia.
The 🇪🇺 is there to support you.
Your independence is our independence. Your freedom is our freedom. Your future is EU's future.@ZelenskyyUa pic.twitter.com/kig0qFzVhD
O chefe da diplomacia, Josep Borrell referiu os “seis meses de agressão brutal” da Rússia contra a Ucrânia e a luta dos “corajosos ucranianos” pelo seu “direito de determinar o seu próprio futuro”, garantindo que a UE “continuará ao seu lado na defesa da sua liberdade e independência”.
6 months of Russia’s unprovoked, brutal aggression against Ukraine, violating intl law & commitments. 6 months of brave Ukrainians fighting for their right to determine their own future.
— Josep Borrell Fontelles (@JosepBorrellF) August 24, 2022
The EU will continue to stand with you in defending your freedom & independence. https://t.co/2GQY97AsBv
O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.
A ONU confirmou que 5.514 civis morreram e 7.698 ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.
[Notícia atualizada às 14h09]
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