Independência ucraniana é a "independência" da União Europeia

O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, saudou hoje a celebração do Dia da Ucrânia, vincando que a independência e a liberdade ucranianas são "a independência e a liberdade" europeias e destacando a "defesa corajosa" face à Rússia.

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Lusa
24/08/2022 12:02 ‧ 24/08/2022 por Lusa

Mundo

Charles Michel

"Caros amigos ucranianos, hoje é o Dia da Independência da Ucrânia. Uma independência que estão a defender corajosamente há seis meses contra a Rússia. A União Europeia está aqui para vos apoiar", escreveu Charles Michel numa publicação na rede social Twitter.

No dia em que se celebra o Dia da Independência da Ucrânia e se assinalam simultaneamente seis meses desde o início da invasão lançada pela Rússia em 24 de fevereiro, o responsável europeu salientou: "A vossa independência é a nossa. A vossa liberdade é a nossa liberdade. O vosso futuro é o futuro da União Europeia".

"É tempo de vos desejar uma feliz celebração da independência porque vocês estão a sofrer e a lutar para defender a vossa pátria, para defender o futuro do seu país e o futuro dos vossos filhos, mas também estão a lutar para defender os nossos valores e princípios europeus comuns", disse também Charles Michel, numa mensagem em vídeo publicada junto à mensagem no Twitter.

O presidente do Conselho Europeu garantiu ainda "o máximo apoio possível" da União Europeia "para proteger e defender a independência, a soberania e a integridade territorial" da Ucrânia.

A Ucrânia comemora hoje o Dia da Independência, na mesma data em que se cumprem seis meses da ofensiva militar da Rússia contra o país, iniciada em 24 de fevereiro.

A data, que comemora este ano o 31.º aniversário da independência da Ucrânia - declarada em 24 de agosto de 1991, pouco antes da dissolução formal da União Soviética, de que fazia parte -, é assinalada com restrições e medidas adicionais de segurança um pouco por todo o país, devido ao receio de mais ataques russos numa semana de forte simbolismo.

A efeméride será também assinalada em outras cidades europeias, como é caso de Lisboa, com a realização de uma cerimónia simbólica comemorativa, e de Berlim, onde está agendada uma "marcha pela liberdade".

Ao longo dos últimos seis meses, o conflito no território ucraniano deixou um rasto de destruição no país, provocou um número incerto de vítimas civis e de prisioneiros, mobilizou milhões em ajuda militar e humanitária e suscitou sanções contra Moscovo e várias mudanças no cenário geoestratégico mundial.

A ONU já confirmou a morte de mais de 5.500 civis, mas continua a alertar que o número será consideravelmente superior.

No campo dos prejuízos e da destruição de infraestruturas, a Escola de Economia de Kiev (KSE) anteviu recentemente que as perdas causadas pela guerra poderão rondar os 113.500 milhões de dólares (mais de 114.000 milhões de euros, ao câmbio atual).

Leia Também: "Parabéns" e apoio. A solidariedade com a Ucrânia no Dia da Independência

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