"As forças dos EUA responderam hoje [quarta-feira] ao disparo de foguetes em dois locais na Síria, destruindo três veículos e o equipamento usado para lançar alguns dos foguetes", disse o Comando do Exército dos Estados Unidos para o Médio Oriente, num comunicado.
"As avaliações iniciais indicam que duas ou três pessoas suspeitas de serem militantes apoiados pelo Irão que realizaram um dos ataques foram mortos durante a resposta", acrescentou o comunicado.
"Os Estados Unidos não procuram entrar em conflito com o Irão, mas continuaremos a tomar as medidas necessárias para proteger e defender o nosso povo", disse o Comando militar norte-americano.
Os ataques com foguetes começaram por volta das 19h20 (17h20 em Lisboa) "no perímetro" da base americana de Conoco e mais tarde na base de Green Village, ambas situadas no nordeste da Síria, disse o Comando.
Centenas de soldados norte-americanos estão posicionados no nordeste da Síria como parte da coligação para combater, com os aliados curdos das Forças Democráticas Sírias (SDF), os elementos remanescentes do grupo extremista Estado Islâmico (EI).
Um "membro das forças armadas" ficou ligeiramente ferido e recebeu tratamento antes de regressar ao trabalho, e outros dois sofreram "ferimentos menores", segundo o comunicado de imprensa.
As forças dos EUA usaram helicópteros para responder ao lançamento de foguetes "de forma proporcional e deliberada", disse o Comando.
Na terça-feira, o exército norte-americano anunciou o bombardeamento de instalações de milícias pró-iranianas no leste da Síria, visando "infraestruturas utilizadas pelos Guardas da Revolução", ligados ao regime iraniano.
Os Guardas da Revolução, considerado o exército ideológico do regime iraniano, está na "lista negra" de "grupos terroristas" dos EUA.
"A nova agressão dos militares dos EUA contra o povo sírio é um ato terrorista contra grupos e combatentes que lutam contra a ocupação e que não têm afiliação com o Irão", disse na terça-feira o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, Nasser Kanani.
Os 'media' estatais iranianos anunciaram a morte, no domingo, de um general dos Guardas da Revolução, durante "uma missão" na Síria.
Não foram avançados pormenores sobre as circunstâncias da morte do general, apenas descrito como "defensor do santuário", termo usado para designar aqueles que trabalham em nome do Irão na Síria ou no Iraque.
O Irão diz que enviou forças para a Síria a convite do regime de Damasco e apenas como conselheiros.
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