O orçamento para o setor da Defesa, que atingirá 13,2 mil milhões de dólares (aproximadamente o mesmo valor em euros), ainda incluirá um valor adicional para compra de equipamentos militares, como aviões de combate e programas para aumentar a capacidade militar marítima de Taiwan.
A decisão - tomada perante o aumento das tensões na ilha, devido aos desafios de segurança face às manobras chinesas - irá agora ser discutida e votada no parlamento, onde terá de ser aprovada numa sessão marcada para setembro.
A China reivindica soberania sobre a ilha e considera Taiwan como uma província rebelde, desde que os nacionalistas do Kuomintang se retiraram para lá, em 1949, depois de perderem a guerra civil contra os comunistas.
No passado dia 10 de agosto, Pequim terminou manobras militares em redor da ilha de Taiwan, após seis dias ininterruptos de exercícios, que incluíram o uso de fogo real e o lançamento de mísseis.
Os exercícios militares chineses começaram no seguimento da visita da presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos (câmara baixa da Congresso norte-americano), Nancy Pelosi, a Taipé, deslocação que Pequim descreveu, entre outros termos, como uma "farsa" e uma "deplorável traição".
Também este mês, as Forças Armadas de Taiwan realizaram um exercício de artilharia com uso de fogo real a simular a defesa da ilha contra um potencial ataque da China.
Num momento de agravamento das tensões regionais com a China, também o Japão está a ponderar adquirir um arsenal de mais de mil mísseis de longo alcance.
Tóquio também quer expandir a capacidade dos seus mísseis terra-mar, para atingir alvos a mais de 1.000 quilómetros de distância, com o objetivo de poder alcançar as áreas costeiras da Coreia do Norte e da China.
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