PR eleito no Quénia anuncia reforma fiscal enquanto espera resultados
O presidente eleito do Quénia, William Ruto, anunciou a intenção de reformar o sistema fiscal do país para aumentar as receitas, como uma das suas primeiras medidas logo que a sua eleição seja confirmada pelo Supremo Tribunal queniano.
© Getty Images
Mundo Quénia
Ruto - que aguarda a decisão final da mais alta instância judicial do país, após alegações de fraude apresentadas pelo principal candidato da oposição, Raila Odinga - disse que já contactou a Autoridade Fiscal do Quénia (KRA, na sigla em inglês) para "trabalhar em conjunto" para que o país "possa viver dentro das suas possibilidades".
O anúncio, feito esta quinta-feira e noticiado hoje pelo diário queniano "The Daily Nation", foi enquadrado por Ruto como uma intenção de cumprir uma das principais medidas do seu programa eleitoral.
Odinga, pelo seu lado, não se dá por vencido e tem sustentado, como no último domingo, que "a verdade vai ser conhecida". "Nós próprios a conhecemos e vamos mostrá-la ampla e abertamente a partir de amanhã", disse o histórico líder da oposição num discurso aos seus apoiantes em Donholm, Nairobi, na véspera de interpor recurso dos resultados junto do Supremo queniano.
A serem confirmados os resultados, esta eleição marca a quinta derrota presidencial para Odinga, embora a sua candidatura tenha sido apoiada este ano pelo Presidente em exercício, Uhuru Kenyatta, e pelo partido no poder.
Todas as eleições presidenciais no Quénia foram contestadas desde 2002, e as disputas conduziram por várias vezes a confrontos sangrentos.
Em agosto de 2017, o Supremo Tribunal anulou as eleições presidenciais depois de Odinga ter rejeitado a vitória de Kenyatta, na primeira decisão do género em todo o continente africano.
Desta vez, a instituição fez saber que se preparou para a eventualidade de um cenário de contestação dos resultados, como tem sido prática nas disputas eleitorais no país, e que melhorou a segurança e a capacitação profissional dos recursos humanos nos tribunais.
"A Comissão de Eleições Judiciais, presidida pelo juiz Mohamed Ibrahim, está a preparar a instituição para lidar com disputas eleitorais. Analisa a formação, aspetos financeiros e de recursos humanos para assegurar que as disputas sejam resolvidas de forma eficiente", comunicou o Supremo, numa declaração divulgada há dias pelo 'The Star'.
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