Rejeitado recurso de acusados de planearem matar presidente de Madagáscar
O tribunal de cassação malgaxe rejeitou hoje o recurso de dois franceses que queriam anular a sua condenação a 10 e 20 anos de trabalhos forçados por conspiração para assassinar o Presidente de Madagáscar.
© Getty Images
Mundo Madagáscar
O tribunal "nega o recurso", disse o presidente do tribunal, citado pela agência France-Presse.
Paul Rafanoharana, um franco-malgaxe antigo conselheiro do chefe de Estado, e Philippe François, ex-coronel do exército francês que se dedicou aos negócios, foram detidos em julho de 2021.
Em dezembro foram condenados a penas de 20 e 10 anos de trabalhos forçados, respetivamente, por tentativa de golpe de Estado e conspiração para assassinar o chefe de Estado, Andry Rajoelina, numa operação intitulada "Apollo 21".
Paul Rafanoharana foi considerado o cérebro da conspiração e ao longo do processo admitiu a existência de uma carta em que reclamava uma importante soma de dinheiro para "garantir o derrube do Governo".
Philippe François foi acusado cumplicidade na ocultação das atividades ilegais do projeto "Apollo 21" por meio de uma empresa de fachada.
Após a rejeição do recurso, os advogados declararam à agência noticiosa que irão estudar as possibilidades de extradição dos seus clientes para França.
"Mas isso requer o reconhecimento da sentença malgaxe e por isso o reconhecimento de que houve tentativa de golpe de Estado", explicou um dos advogados.
A associação de apoio a Philippe François apelou, em comunicado, ao governo francês para que o proteja, pedindo o seu regresso a França.
Vinte pessoas foram julgadas no âmbito deste processo.
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