Angola. Polícia detém dois homens por atos de vandalismo
A Polícia Nacional de Angola deteve dois homens envolvidos em atos de vandalismo e arruaça, na província da Lunda Sul, por estarem insatisfeitos com os resultados provisórios das eleições.
© Lusa
Mundo Angola/Eleições
Segundo uma nota publicada na página do Facebook, os dois cidadãos, de 27 e 45 anos foram detidos no bairro Candembe, município de Saurimo, na Lunda Sul, e estão indiciados da prática de atos de arruaça e instigação a atos de vandalismo na via pública.
A polícia adianta que a detenção ocorreu na sequência de uma denúncia que "dava conta de dois indivíduos que, insatisfeitos com os resultados provisórios das eleições gerais, saíram à rua, instigando a prática de ameaças de morte às entidades governamentais, e incitando atos de vandalismo contra bens públicos".
Os infratores foram presentes ao Ministério Público, para os devidos procedimentos legais.
No sábado, o Movimento Cívico Mudei apelou à libertação de seis ativistas detidos nos passados dias 25 e 26 em circunstâncias que classificou como "manifestamente ilegais" e que "estão a ser vítimas de abusos por parte de forças policiais".
Os seis ativistas foram detidos na província de Uíje e cinco deles quando regressavam a casa, no dia 25.
Outros nove ativistas foram detidos na província de Malanje "por realizarem um encontro de reflexão em torno da verdade eleitoral no país", tendo sido entretanto libertados.
Entretanto, a Sociedade Civil Contestária (SCC), grupo informal que congrega vários ativistas, convoca para segunda-feira uma conferência de imprensa sobre os desenvolvimentos do processo eleitoral e a detenção de ativistas.
Numa nota hoje publicada na sua página do Facebook, a SCC pede respeito pela vontade popular expressa nas urnas.
Exige ainda à Polícia Nacional "que pare com as campanhas de terror e pânico generalizado com recurso a armas de fogo em zonas como Makela do Zombo e Bailundo, onde terão sido feitos disparos desnecessários para intimidar a população que simplesmente exigia verdade eleitoral e reposição da legalidade".
"Exigimos que se pare, imediatamente, com as detenções arbitrárias, ilegais e extrajudiciais de ativistas e consequentes perseguições políticas em províncias como Malanje, Uíge, Benguela e Luanda. Os ativistas são pessoas de bem e não pretendem plantar o caos no país nem semear discórdia entre os angolanos", refere a mesma nota, que diz não reconhecer os resultados eleitorais provisórios que dão uma vitória de 51,07% ao Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) contra os 44,05% da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA).
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