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Zaporíjia. "O risco de um desastre devido a ações russas não diminui"

Zelensky acusou a Rússia de não parar as “provocações na direção” da central nuclear, especialmente numa altura em que é esperada uma missão da AIEA.

Zaporíjia. "O risco de um desastre devido a ações russas não diminui"
Notícias ao Minuto

23:50 - 30/08/22 por Notícias ao Minuto

Mundo Guerra na Ucrânia

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, frisou esta terça-feira que a situação na central nuclear de Zaporíjia, ocupada pelas tropas russas, é “extremamente ameaçadora”.

Na sua comunicação diária ao país, o chefe de Estado ucraniano acusou a Rússia de não parar as “provocações na direção” da central nuclear, especialmente numa altura em que é esperada uma missão da  Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) para ajudar a evitar uma catástrofe nuclear.

“A situação na central nuclear de Zaporíjia, em Enerhodar, e nas áreas circundantes, continua a ser extremamente ameaçadora. Os ocupantes não deixam a central, continuam a bombardear e não tiram as suas armas e munições do território da central nuclear. Eles intimidam o pessoal da nossa central. O risco de um desastre de radiação devido a ações russas não diminui durante uma única hora”, frisou.

Ainda esta terça-feira, durante um encontro com o diretor da AIEA, Rafael Grossi, Zelensky pediu que a missão da agência “encontre um caminho através (...) de corredores de segurança para chegar à central e fazer o máximo para evitar os perigos de um desastre nuclear”.

Segundo a imprensa norte-americana, a visita da AIEA à central nuclear deverá acontecer durante o dia de quarta-feira.

Uma das quatro centrais nucleares em operação na Ucrânia, a de Zaporíjia é a maior da Europa, com seis reatores com capacidade de 1.000 megawatts cada.

A central caiu nas mãos das tropas russas em março, logo após Moscovo ter iniciado a invasão da Ucrânia, tendo sido alvo de vários bombardeamentos pelos quais Moscovo e Kyiv negam responsabilidade.

Na semana passada, a central já foi brevemente desconectada da rede elétrica, pela primeira vez na sua história, depois de as linhas de energia terem sido danificadas.

Leia Também: Kyiv acusa Moscovo de tentar forçar missão da AIEA a passar na Crimeia

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