"Condeno o ataque lançado de uma área controlada pelo Ansarullah [movimento rebelde houti] que ameaça piorar seriamente a situação humanitária dos civis", afirmou o diplomata sueco num comunicado.
Apesar da trégua que entrou em vigor em abril, renovada pela segunda vez no início de agosto, os insurgentes, próximos do Irão, realizaram um ataque na noite de domingo para segunda-feira perto da cidade de Taiz, matando dez soldados e ferindo outros sete.
O Governo, apoiado desde 2015 por uma coligação militar liderada pela Arábia Saudita, denunciou uma "escalada perigosa", ameaçando os esforços da ONU para ampliar uma trégua que dê algum descanso ao país devastado por oito anos de guerra.
Na sua declaração, Hans Grundberg exortou "as partes a aproveitarem a oportunidade oferecida pela renovação da trégua para demonstrarem o seu desejo de pôr fim ao conflito (...) e de cumprirem os seus compromissos".
O levantamento do cerco de Taiz, cidade cercada desde 2015, é um dos compromissos assumidos pelos houtis na trégua, alcançada com a mediação da ONU e que é a mais longa e bem-sucedida nos quase oito anos de guerra civil no Iémen.
Desde a sua entrada em vigor foram realizadas várias rondas de negociações em Amã com a mediação das Nações Unidas, para resolver a situação em Taiz, a terceira maior cidade do país, embora ainda não tenha sido alcançado nenhum acordo.
O Iémen tornou-se palco de uma guerra em finais de 2014 entre os rebeldes houtis, apoiados por Teerão, e as forças do Presidente Abd Rabbo Mansur Hadi, que em março de 2015 seria apoiado por uma coligação militar internacional árabe, liderada pela Arábia Saudita.
A ONU considera que esta guerra, que causou mais de 100 mil mortos, sobretudo civis, provocou a pior crise humanitária do mundo.
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