O Presidente da Argentina, Alberto Fernández, informou que a vice-Presidente, Cristina Kirchner, tinha sido alvo de uma tentativa de assassinato, na quinta-feira, e que só teria falhado porque a arma de fogo usada pelo agressor não disparou.
"Estamos em choque e é crucial que se faça uma investigação sobre a forma como as coisas ocorreram", disse, em Genebra, a porta-voz do organismo da ONU, Ravina Shamdasani.
Um homem foi detido na quinta-feira na capital argentina após ter tentado disparar uma arma de fogo contra Cristina Kirchner, numa altura em que a vice-Presidente participava numa vigília com apoiantes, na zona onde reside.
O atacante infiltrou-se entre os participantes da vigília.
"Qualquer tipo de violência política é condenável e é importante que as diferenças sejam resolvidas através do diálogo", acrescentou Ravina Shamdasani.
A Argentina vive um período de forte tensão política porque Kirchner (ex-Presidente da Argentina) enfrenta um processo judicial por corrupção.
Os apoiantes da atual vice-Presidente têm-se reunido nas ruas em redor da casa onde reside desde a semana passada, quando um procurador solicitou a pena de 12 anos de prisão para Kirchner, bem como uma proibição vitalícia de exercer cargos públicos, no âmbito de um caso de alegada corrupção em obras públicas quando foi Presidente da Argentina (2007-2015).
Segundo o atual chefe de Estado argentino, Alberto Fernández, este é o "incidente mais grave" desde o regresso da Argentina à democracia, em 1983, e exortou os líderes políticos, e a sociedade em geral, a repudiarem o incidente.
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