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Cabul. Sobe para 6 número de mortos em atentado junto à Embaixada russa

O atentado que ocorreu hoje junto à Embaixada russa no Afeganistão matou pelo menos seis pessoas, incluindo o segundo secretário e um segurança, anunciou o Comité de Investigação Russo, com base em informações preliminares sobre o ataque suicida.

Cabul. Sobe para 6 número de mortos em atentado junto à Embaixada russa
Notícias ao Minuto

14:31 - 05/09/22 por Lusa

Mundo Cabul

Além dos dois funcionários da embaixada russa, pelo menos quatro outras pessoas, de nacionalidade afegã, foram mortas e outras onze ficaram feridas.

"No dia 5 de setembro de 2022, um engenho explosivo foi detonado perto da secção consular da embaixada russa em Cabul (...). De acordo com os dados preliminares, o segundo secretário e um guarda da embaixada foram mortos no ataque", disse o presidente da instituição ligada ao Kremlin, Alexandr Bastrikin.

Anteriormente, o Ministério dos Negócios Estrangeiros apenas tinha indicado que dois funcionários da embaixada russa em Cabul tinham sido mortos no ataque, mas sem detalhes sobre cargos.

O chefe do Comité de Investigação da Rússia ordenou a abertura de um processo criminal pela morte dos dois funcionários na capital afegã, em coordenação com o Ministério dos Negócios Estrangeiros em comunicado e as forças policiais afegãs, "a fim de identificar todos os envolvidos no crime".

O Kremlin condenou o ataque, enquanto o ministro russo dos Negócios Estraneiros, Seguei Lavrov, pediu que os autores do ataque sejam encontrados e julgados num "futuro próximo".

O atentado suicida ocorreu quando o atacante carregado de explosivos foi descoberto e morto pelas forças de segurança talibãs nas proximidades do complexo.

De acordo com o porta-voz da polícia, "o bombista suicida foi morto pelas forças de segurança e foi nessa altura que a explosão ocorreu".

Os talibãs disseram que as suas agências de segurança estão a conduzir uma investigação aprofundada sobre o incidente e "tomarão medidas mais sérias para a segurança da embaixada".

Até agora nenhum grupo armado reivindicou a responsabilidade pelo ataque, embora o grupo 'jihadista' Estado Islâmico esteja geralmente por detrás destes ataques, tornando-se a principal ameaça desde o regresso dos talibãs ao poder no Afeganistão, há um ano.

A Rússia foi um dos primeiros e poucos países a defender a aproximação com os talibãs, apesar de estes não terem o reconhecimento da comunidade internacional.

Embora Moscovo também não tenha oficializado o seu reconhecimento do regime fundamentalista -- é considerado um grupo terrorista na Rússia -- é uma das poucas nações que mantém o seu serviço diplomático ativo no Afeganistão.

Leia Também: Rússia condena ataque à embaixada em Cabul e exige julgamento

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