Países Bálticos restringem ao máximo entrada de russos com visto Schengen
Os três Estados bálticos - Estónia, Letónia e Lituânia - concordaram hoje em restringir, o mais possível, a entrada no seu território de cidadãos russos com vistos Schengen, que permitem viajar nos 22 países incluídos naquele espaço europeu.
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Mundo Schengen
"Os Estados bálticos chegaram a um acordo para limitar significativamente a entrada de cidadãos da Federação Russa com vistos Schengen da União Europeia", anunciou o ministro dos Negócios Estrangeiros letão, Edgars Rinkevics.
A medida será aplicada "com algumas exceções" aos cidadãos russos, explicou numa mensagem na sua conta de Twitter, após uma reunião com os seus colegas dos outros dois países bálticos e nórdicos em Kaunas, a segunda principal cidade da Lituânia.
As decisões especificas "serão tomadas pelos respetivos governos, de acordo com as respetivas regulamentações nacionais, e entrarão em vigor ao mesmo tempo", prossegue Rinkevics.
Os Estados bálticos deixaram de emitir vistos turísticos e outras autorizações para cidadãos russos visitarem os seus países na sequência da invasão russa da Ucrânia, mas até agora, este podiam usam vistos de qualquer um dos países do espaço Schengen.
A medida afetará tanto os cidadãos russos como os bielorrussos, que até agora poderiam aceder ao seu território através de países Schengen menos restritivos.
Proibir a entrada de russos e bielorrussos em qualquer dos países bálticos, enquanto uma ação coordenada, não deve ser considerado um "acordo internacional", disse o ministro dos Negócios Estrangeiros da Estónia, Urmas Reinsalu.
A decisão dos países bálticos surge um dia depois de a Comissão Europeia propôs suspensão do acordo de facilitação de vistos entre a União Europeia (UE) e a Rússia, na sequência do acordo político alcançado pelos chefes da diplomacia dos 27 no final de agosto.
A suspensão do acordo, que vigorava desde 2007, significa que os cidadãos russos deixarão de ter facilidades quando solicitarem um visto de curta duração para o espaço Schengen de livre circulação, passando a ser aplicadas as regras gerais do código de vistos, mais restritivas e burocráticas, além de mais caras e com mais tempo de espera.
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