No Burkina Faz, Chade, Mali e Níger, mais de metade das crianças não tem acesso à educação.
Apenas na zona central do Sahel o encerramento de escolas aumentou 66% e, em toda a região, havia mais de 12.400 centros educativos fechados no final de 2021, um relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) e do Conselho Norueguês para os Refugiados (NRC, sigla em Inglês).
A oficial regional do NRC, Maureen Magee, enfatizou que "cada criança fora da escola, cada dia de aprendizagem perdido, é um tijolo a menos para construir a paz e a prosperidade na região".
Especialistas temem que haja uma geração perdida e, por extensão, anos de entrave ao desenvolvimento global.
Entre os desafios pendentes está também a blindagem de centros educativos contra possíveis ataques, algo que as três organizações quiseram enfatizar ante do Dia Internacional para Proteger a Educação de Ataques, que é comemorado na sexta-feira.
As escolas são, por vezes, alvo de ataques que, por sua vez, fazem com que muitos estudantes optem por não ir às aulas por medo.
A violência também leva à fuga em massa de populações, cenários em que as famílias, inclusive crianças e adolescentes, deixam tudo para trás.
A diretora do ACNUR para a área, Millicent Mutuli, ressaltou que "manter o acesso a uma educação segura e de qualidade é crucial também para refugiados".
O relatório propõe reconstruir as escolas destruídas e oferecer formas de aprendizagem alternativas à presencial.
Leia Também: UE quer metade dos menores de 3 anos com acesso a ensino até 2030