MPLA pede tranquilidade e diz que instituições seguirão "a garantir paz"
O MPLA, vencedor das eleições angolanas, pediu hoje aos cidadãos que "mantenham a tranquilidade" e respeitem a Constituição e a lei, assegurando que as instituições do Estado continuarão a servir o povo e a "garantir a paz e tranquilidade social".
© Lusa
Mundo Angola/Eleições
O Bureau Político do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA, no poder desde 1975), proclamado vencedor das quintas eleições angolanas, exortou também os cidadãos a continuarem a trabalhar em prol do desenvolvimento de Angola.
Este órgão dos "camaradas" esteve reunido esta segunda-feira sob orientação do seu presidente, João Lourenço, na sua terceira sessão extraordinária, onde analisou a futura composição dos órgãos internos da Assembleia Nacional, em funções dos resultados das eleições de 24 de agosto.
Segundo comunicado final do encontro, os membros do órgão foram informados sobre os cargos a preencher, tendo ratificado a proposta de composição submetida, para o efeito, pelo presidente do partido.
Carolina Cerqueira, que no governo cessante exerceu o cargo de ministra de Estado para a Área Social, foi proposta pelo MPLA para presidir ao parlamento angolano no próximo quinquénio.
Os membros do Bureau Político do MPLA, "tendo lido na plenitude os resultados eleitorais obtidos pelo MPLA, reiteraram o seu mais profundo agradecimento a todo o povo angolano pela forma cívica e patriótica como participou nas eleições, em particular os seus militantes".
A cúpula de direção do MPLA reiterou, na ocasião, os seus "cumprimentos ao João Lourenço -- Presidente de todos os angolanos -- pela sua vitória nas eleições gerais de 24 de agosto e desejou-lhe sucessos na condução dos destinos na nação durante o próximo mandato".
O Tribunal Constitucional (TC) validou, na semana passada, os resultados definitivos das eleições gerais de 24 de agosto, divulgados pela Comissão Nacional Eleitoral (CNE) e negou provimento aos recursos de contencioso apresentado pela UNITA e a CASA-CE.
O TC proclamou o MPLA e o seu candidato, João Lourenço, como vencedores com 51,17% dos votos, seguido da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) com 43,95%.
Com estes resultados, o MPLA elegeu 124 deputados e a UNITA 90 deputados, quase o dobro das eleições de 2017.
Em face dos resultados eleitorais, o MPLA deve indicar igualmente dois vice-presidentes e dois secretários de mesa da Assembleia Nacional e na mesma proporção o partido UNITA.
O Partido de Renovação Social (PRS), a Frente Nacional para a Independência Total de Angola (FNLA) e o estreante Partido Humanista de Angola (PHA) elegerem dois deputados cada.
A CASA-CE, a Aliança Patriótica Nacional (APN) e o P-Njango não obtiveram assentos na Assembleia Nacional, que na legislatura 2022-2027 vai contar com 220 deputados.
João Lourenço, reeleito Presidente de Angola para os próximos cinco anos, toma posse na quinta-feira e depois segue-se a posse dos deputados eleitos.
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