O ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba, criticou, esta terça-feira, a Alemanha por não ter enviado ao país invadido pela Rússia tanques Leopard e veículos de combate de infantaria Marder.
“Sinais dececionantes da Alemanha enquanto a Ucrânia precisa de Leopards e Marders neste momento - para libertar as pessoas e as salvar de um genocídio”, começou por afirmar o ministro numa publicação na rede social Twitter.
“Nem um único argumento racional sobre a razão pela qual estas armas não podem ser fornecidas, apenas receios e desculpas abstratas. Do que é que Berlim tem medo e Kyiv não?”, acrescentou.
Disappointing signals from Germany while Ukraine needs Leopards and Marders now — to liberate people and save them from genocide. Not a single rational argument on why these weapons can not be supplied, only abstract fears and excuses. What is Berlin afraid of that Kyiv is not?
— Dmytro Kuleba (@DmytroKuleba) September 13, 2022
O apoio da Alemanha à Ucrânia tem sido criticado desde o início da invasão russa da Ucrânia, a 24 de fevereiro. Apesar de Berlim já ter enviado equipamento militar, munições e tanques a Kyiv, a decisão só surgiu após pressão por parte da comunidade internacional.
O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.
A ONU confirmou que 5.827 civis morreram e cerca de oito mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.
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