O Ministério da Defesa britânico disse, esta quarta-feira, em comunicado que a perda de um avião não tripulado ('drone') iraniano Shahed-136 perto da linha de frente de combate na Ucrânia "sugere a possibilidade realista de que a Rússia esteja a tentar usar esses sistemas para realizar ataques táticos".
Londres sublinha que dispositivos como este - um 'drone' com alcance de 2.500 quilómetros - já foram usados no Médio Oriente, no passado, incluindo um ataque ao petroleiro MT Mercer Street, na costa de Omã, em 2021.
No início de agosto, o jornal norte-americano The New York Times revelou que Moscovo estava a comprar projéteis e foguetes à Coreia do Norte, uma informação que foi apoiada pelo Pentágono.
Latest Defence Intelligence update on the situation in Ukraine - 14 September 2022
— Ministry of Defence 🇬🇧 (@DefenceHQ) September 14, 2022
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Estes dados surgem numa altura em que a retirada das tropas russas do nordeste da Ucrânia, perante um contra-ataque de Kiev, aumentou a pressão política sobre o presidente russo, Vladimir Putin.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas - mais de seis milhões de deslocados internos e mais de sete milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
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