"Os magistrados sabem como as coisas são feitas numa prisão, mas experimentá-las por si mesmos pode ajudá-los a pronunciar sentenças com pleno conhecimento dos factos", disse o ministro federal, citado no comunicado.
Os magistrados chegaram às 09:00 (08:00 em Lisboa) à prisão de Haren, uma nova instalação com capacidade para 1.190 reclusos que deverá abrir no dia 30 de setembro, onde serão tratados como verdadeiros detidos até ao final de domingo, explicou à France-Presse um porta-voz da administração prisional.
"Os magistrados participantes - juízes criminais, juízes de instrução, procuradores (...) -- voluntariaram-se. Seguirão as ordens e instruções do pessoal da prisão. O objetivo é tornar o encarceramento o mais realista possível", refere o comunicado.
"Não poderão usar os telemóveis, mas terão a oportunidade de receber visitas de familiares, tal como os verdadeiros detidos.
Os magistrados seguem o horário diário normal dos detidos, comem as mesmas refeições e têm as mesmas atividades obrigatórias. Farão, entre outras tarefas, serviço de empregados na cozinha e de lavandaria. Às 22:00 as luzes apagam-se", disse o ministério.
"Esta imersão oferece aos magistrados que ditam as condenações a prisão a oportunidade de experimentar o que significa a privação de liberdade", disse Rudy Van de Voorde, diretor-geral dos Estabelecimentos Penitenciários, também citado no comunicado.
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