O conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, declarou, em conferência de imprensa, que Biden tinha-se limitado a responder a uma pergunta hipotética, que não altera a política definida para Taiwan.
Durante uma entrevista à estação televisiva CBS, transmitida este domingo, um jornalista perguntou a Buden "se as forças norte-americanas, homens e mulheres dos EUA, defenderiam Taiwan em caso de uma invasão chinesa", ao que Biden respondeu "sim", sem mais detalhes.
Sullivan recordou que Biden tinha dado uma resposta similar, em maio, em Tóquio, e realçou que este respondeu "não" quando lhe perguntaram se isso implicava uma modificação da sua política externa.
Este último comentário de Biden ocorre em momento de grande tensão em torno de Taiwan, com manobras militares da China próximas da ilha e depois de uma visita polémica, no início de agosto, da presidente da Câmara de Representantes dos EUA, a democrata Nancy Pelosi.
Os EUA mantêm uma política de "ambiguidade estratégica" em relação a Taiwan, deixando no ar a possibilidade de a defender militarmente em caso de ataque chinês, se bem que a designada Ata de Relações de Taiwan, de 1979, converta os EUA na potência que mais armamento lhe vende.
Baseados nesta Ata, os EUA anunciaram no início deste mês um pacote de assistência militar a Taiwan no valor de 1,1 mil milhões de dólares, o maior até agora concedido pelo governo de Biden aos dirigentes de Taipé.
Leia Também: Comentários de Biden sobre Taiwan? "Grave violação" de compromissos