Vídeo. Israel protesta na ONU após Irão falar em "sinais" do Holocausto
O embaixador abandonou a sala enquanto presidente do Irão falava, mostrando uma fotografia da avó, que sobreviveu ao Holocausto.
© Reprodução
Mundo Holocausto
O embaixador de Israel na Organização das das Nações Unidas (ONU) abandonou uma das sessões da 77.ª Assembleia Geral no momento em que o presidente do Irão discursava, na quarta-feira.
Gilad Erdan mostrou uma fotografia de uma das avós, sobrevivente do Holocausto, enquanto abandonava a sala. O protesto surgiu na sequência de declarações do líder iraniano, que foi questionado sobre se acreditava que o Holocausto tinha acontecido.
"Eventos históricos devem ser estudados por historiadores e investigadores. Há alguns sinais de que aconteceu. Se assim é, deveria ser investigado", respondeu Ebrahim Raisi durante uma entrevista ao programa '60 Minutos', da CBS.
When asked if he believed the Holocaust happened, Iranian President Raisi told Lesley Stahl, “There are some signs that it happened. If so, they should allow it to be investigated and researched.” https://t.co/CChTRxBFcr pic.twitter.com/7ZSBEknrh1
— 60 Minutes (@60Minutes) September 19, 2022
As declarações foram criticadas nas redes sociais, tendo, inclusive, o primeiro-ministro de Israel reagido. Partilhando o tweet da conta oficial do '60 Minutos', Yair Lapid comentou: "Alguns sinais", escreveu, partilhando de seguida algumas fotografias do Holocausto. [Imagens sensíveis]
Some signs https://t.co/FhntllRxq5 pic.twitter.com/RgmjJmeJO3
— יאיר לפיד - Yair Lapid (@yairlapid) September 19, 2022
A semana de alto nível da Assembleia Geral das Nações Unidas começou na terça-feira, na sede da ONU em Nova Iorque, e irá prolongar-se até à próxima segunda-feira, com a presença de dezenas de chefes de Estado e de Governo, entre eles o primeiro-ministro português, António Costa.
Esta é a primeira Assembleia Geral desde o início da guerra na Ucrânia e a primeira em formato presencial desde o início da pandemia.
O evento decorre sob o tema "Um momento divisor de águas: soluções transformadoras para desafios interligados", e terá como foco a guerra na Ucrânia e as crises globais a nível alimentar, climático e energético.
Veja o momento do protesto acima.
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