A cerimónia oficial foi presidida por Goita e Doumbouya, também coronel do exército e líder da junta militar no poder em Conacri, no quartel do XXXIV Batalhão do Exército em Bamako, e incluiu um desfile militar perante dezenas de altos funcionários militares e civis.
Durante um breve discurso, Goita defendeu a independência política e económica do país, que se encontra num "contexto de segurança particular", e recordou que o Mali e a Guiné-Conacri enfrentam "os mesmos desafios".
A visita de Doumbouya a Bamako, onde chegou na quarta-feira, é a sua primeira viagem ao estrangeiro desde que tomou o poder em setembro de 2021 através de um golpe de Estado, e coincide com uma assembleia extraordinária da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).
Nesta reunião, que decorre hoje em Nova Iorque à margem da 77.ª sessão da Assembleia-Geral das Nações Unidas, a CEDEAO vai analisar a adoção de sanções duras contra a junta militar guineense, na sequência do prolongamento do período de transição política para 36 meses.
O poder militar no Mali, palco de dois golpes de Estado sucessivos em menos de um ano, enfrenta o isolamento internacional e o país confronta-se com uma profunda crise de segurança.
As autoridades não controlam grandes partes do Mali, particularmente no norte e no centro, onde a administração central está praticamente ausente, ao mesmo tempo que os ataques de vários grupos extremistas islâmicos se sucedem a um ritmo crescente.
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