O Tribunal Popular do Distrito de Guangyang, no norte da província de Hebei, anunciou em comunicado que o homem, Chen Jizhi, era o líder de um grupo criminoso, envolvido em várias atividades ilegais.
O tribunal também condenou outras 27 pessoas. As acusações incluem a abertura ilegal de casinos, roubo, cibercrime ou agressões físicas, e as sentenças variam entre seis meses e 11 anos.
As autoridades iniciaram a investigação a Chen depois de ele e outros homens terem agredido violentamente três mulheres num restaurante. As imagens do ataque foram registadas pelas câmaras de vigilância no local e difundidas nas redes sociais, o que gerou indignação generalizada no país.
O grupo de homens espancou as mulheres com cadeiras e garrafas de cerveja, resultando na hospitalização de duas das vítimas. Chen atacou uma das mulheres depois de ela ter rejeitado os seus avanços.
A agressão e a indignação pública renovaram o debate sobre a misoginia e maus-tratos às mulheres no país asiático. No início deste ano, um vídeo viral de uma mulher acorrentada a uma parede, numa barraca no interior do país, gerou reações, depois de as autoridades inicialmente negarem tratar-se de uma vítima de tráfico humano.
Mais tarde, apurou-se que a mulher tinha sido vendida como noiva.
Inicialmente, a polícia prendeu nove pessoas pelo ataque às quatro mulheres.
A investigação sobre a agressão evoluiu para um caso mais amplo sobre atividades criminosas e corrupção.
Em agosto passado, o órgão anticorrupção do Partido Comunista em Hebei anunciou que estava a investigar 15 funcionários por corrupção e envolvimento em "organizações malignas" associadas aos agressores.
Os 15, incluindo o diretor do departamento de segurança pública de Tangshan e agentes de várias esquadras da polícia, são suspeitos de abuso de poder, suborno e outros crimes.
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