No 212.º dia de guerra começam os referendos sobre a adesão dos territórios ucranianos de Donetsk, Lugansk, Zaporíjia e Kherson à Federação russa e decorrem até 27 de setembro, indicaram as autoridades pró-russas dessas regiões. O anúncio das consultas populares foi feito pelo presidente russo, juntamente com o da mobilização de 300 mil reservistas russos para combater na Ucrânia e de uma ameaça velada de utilização de armas nucleares contra o Ocidente.
Milhares de pessoas já foram detidas durante manifestações contra a mobilização improvisada em toda a Rússia, segundo a organização não-governamental OVD-Info. O anúncio da mobilização também provocou um forte fluxo de russos que desejam deixar o país, com filas registadas nas fronteiras terrestres e nos aeroportos.
O primeiro-ministro, António Costa, discursou na 77.ª sessão da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), na quinta-feira, onde criticou as "irresponsáveis ameaças de recurso a armas nucleares" de Vladimir Putin, e pediu à Rússia para cessar hostilidades em vez de escalar o conflito na Ucrânia. O encontro ficou marcado pela invasão russa da Ucrânia e as suas consequências globais.