Dirigentes do G5 Sahel reúnem-se para discutir "nova estratégia"
Os ministros da Defesa e os chefes de Estado-Maior do G5 Sahel reuniram-se na quinta-feira em Niamey para refletir sobre uma "nova estratégia" para aquela força anti-'jihadista' após a retirada do Mali em maio, noticia hoje a AFP.
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Mundo Sahel
A reunião visava "discutir sobre a nova configuração" da força conjunta após "a retirada do Mali" e a partida da força especial Barkhane daquele país africano, diz o comunicado final do encontro, citado pela agência francesa de notícias.
"Esta situação impõe-nos adotar novas estratégias para lutar eficazmente contra os grupos armados terroristas no espaço comum", lê-se no texto, que não adianta qualquer pormenor sobre essa nova estratégia.
O G5 Sahel é uma força militar conjunta que juntava, até maio, o Níger, o Burkina Faso, a Mauritânia, o Chade e o Mali.
Largamente financiada pela União Europeia, a força representava, aos olhos dos parceiros internacionais do Sahel, uma porta de saída numa região atingida pelo extremismo islâmico.
Mas, em cinco anos, as operações conjuntas foram poucas e a situação securitária no Sahel não parou de se agravar.
Apesar dos esforços dos Estados, com o apoio de parceiros, "a situação securitária continua preocupante, nomeadamente na zona das 'três fronteiras'", onde Burkina Faso, Mali e Níger se unem.
"A fórmula atual (...) já não pode responder às nossas preocupações operacionais", disse, na abertura da reunião, o general Gninguengar Mandjita, chefe de Estado-Maior das Forças Armadas do Chade, país que detém a presidência do G5 Sahel.
O ministro nigerino da Defesa, Alkassoum Indatou, disse que, "além das dificuldades financeiras", o G5 Sahel sofre atualmente de um "problema de coesão e de unidade de ação (...) minadas desde a retirada do Mali.
Em meados de maio, as autoridades de transição do Mali, impedidas de presidir ao G5 Sahel, decidiram retirar-se da força conjunta invocando uma "perda de autonomia" e "uma instrumentalização" no seio da organização.
Em julho, os Presidentes do Chade, Mahamat Idriss Déby, e do Níger, Mohamed Bazoum, insistiram em manter o G5 Sahel, apesar da saída do Mali.
A junta militar no poder no Mali desde 2020 forçou este ano a saída dos militares da operação francesa Barkhane, que esteve nove anos a combater o fundamentalismo islâmico no país.
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