O porta-voz do Ministério do Interior indicado pelo Governo talibã, Abdul Nafi Takor, disse que a viatura com explosivos foi estacionada junto à estrada perto da mesquita e detonada quando os fiéis estavam a sair após a oração de sexta-feira, acrescentando que está a decorrer uma investigação.
A mesquita localiza-se num bairro diplomático de alto nível da capital afegã.
Ninguém reivindicou de imediato a responsabilidade pelo atentado, o mais recente de um fluxo constante de ataques desde que os talibãs tomaram o poder no Afeganistão, em agosto de 2021.
O Hospital de Emergência Italiano, uma das clínicas de Cabul que tratou as vítimas, disse que recebeu 14 pessoas, incluindo quatro mortos.
O porta-voz do chefe de polícia de Cabul, Khalid Zadran, adiantou que os fiéis foram alvejados de forma intencional quando estavam a sair da Mesquita Wazir Akbar Khan.
"Atingir mesquitas e fiéis é um crime imperdoável, a nação deve cooperar com o regime na eliminação de criminosos", disse o porta-voz do Governo talibã, Zabihullah Mujahid.
O grupo 'jihadista' Estado Islâmico (EI) -- um dos principais rivais dos talibãs -- já havia atacado mesquitas, fiéis e especialmente membros da minoria xiita do Afeganistão.
A missão das Nação Unidas em Cabul (UNAMA) escreveu no Twitter que o ataque de hoje foi outro "lembrete amargo da persistente insegurança e atividade terrorista no Afeganistão".
"Os nossos pensamentos estão com as famílias dos mortos, desejando uma rápida recuperação aos feridos", acrescentou a UNAMA.
Leia Também: Pelo menos três pessoas morrem em explosão em Cabul