Referendo em Cuba sobre novo código de família com baixa participação
O referendo em Cuba sobre um código de família, que inclui o casamento entre pessoas do mesmo sexo, decorre hoje com normalidade, mas com escassa participação nas urnas e a recusa de muitos em revelarem como votaram.
© Getty Images
Mundo Cuba
A maioria das quinze pessoas - numa amostra não representativa - que foram consultadas pela agência Efe em quatro assembleias de voto, em Havana, indicou que votariam contra, embora quase todas preferissem não dizê-lo diante das câmaras ou identificar-se.
Alguns consideraram que é normal o casamento entre homossexuais, mas quanto à possibilidade de adoção, também prevista no código, consideraram tratar-se de algo "bem diferente".
Amelia Ponce, 57 anos, de Havana, defendeu o código descrevendo-o como "necessário": "Votei 'sim' porque é inclusivo e dará muitos direitos a muitas pessoas", disse à Efe.
Nos colégios eleitorais visitados pela Efe - são cerca de 24 mil em todo o país - o fluxo de eleitores foi escasso e, ao final da manhã, segundo dados oficiais, apenas 37% tinham votado, menos 20 pontos percentuais do que à mesma hora, em 2019, durante o referendo constitucional.
As escolas abriram este domingo para a realização do referendo, o quarto desde o triunfo da revolução em 1959 e o primeiro por uma lei específica.
Espera-se que os resultados preliminares sejam divulgados na segunda-feira, sendo vinculativos e exigindo uma maioria simples.
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