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EUA e França defendem sanções da ONU contra Sudão do Sul

Os Estados Unidos e a França defenderam a imposição de sanções pela ONU contra responsáveis por abusos no Sudão do Sul em encontros do Conselho de Segurança na quarta-feira, indicaram diplomatas.

EUA e França defendem sanções da ONU contra Sudão do Sul
Notícias ao Minuto

15:07 - 24/04/14 por Lusa

Mundo Diplomatas

Paris lembrou, por outro lado, que os autores dos abusos podem ser julgados no Tribunal Penal Internacional.

"Queremos que o Conselho considere um regime de sanções", declarou a embaixadora norte-americana Samantha Power naquelas consultas à porta fechada, citada por diplomatas.

O seu homólogo francês Gérard Araud apoiou a proposta norte-americana. "Devemos afirmar que os responsáveis serão punidos", disse, sublinhando que "as atrocidades são realizadas pelos dois lados" no Sudão do Sul.

As Nações Unidas revelaram que os rebeldes sul-sudaneses mataram há alguns dias centenas de civis em Bentiu (Estado de Unity, norte), um massacre que a Casa Branca considerou uma "abominação".

O Conselho de Segurança ainda não anunciou uma decisão, embora a sua presidente, a embaixadora da Nigéria Joy Ogwu, tenha sublinhado no final das consultas que o órgão executivo da ONU está "unido e determinado a fazer com que (os abusos) não se repitam".

"A maioria" dos países membros deseja "enviar uma mensagem clara" aos beligerantes, adiantou.

Ogwu qualificou como "intoleráveis" os ataques contra as bases da ONU no Sudão do Sul, nas quais se refugiram milhares de civis, como o que ocorreu em Bor na passada quinta-feira.

Pelo menos 48 civis dos 5.000 refugiados na base foram mortos, assim como 10 dos atacantes, e mais de 100 pessoas ficaram feridas, segundo as Nações Unidas.

O chefe das operações de manutenção da paz da ONU, Hervé Ladsous, acusou os dois campos de não estarem "dispostos a cessar as hostilidades", apesar do acordo de cessar-fogo que assinaram.

"Isto não pode continuar assim", insistiu. "Enquanto não houver consequências graves para as partes envolvidas (...) o balanço das perdas civis continuará a aumentar", disse Ladsous.

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