O Ministério dos Negócios Estrangeiros de Taiwan sublinhou que esta é a primeira delegação oficial alemã a visitar a ilha desde o início da pandemia de covid-19.
O vice-ministro dos Negócios Estrangeiros, Alexander Yui Tah-ray, deu as boas-vindas ao grupo de amizade Berlim-Taipé do Parlamento Federal Alemão (conhecido como Bundestag), à chegada ao Aeroporto Internacional de Taoyuan.
"Desejamos ao presidente do grupo de amizade do Bundestag Klaus-Peter Willsch e aos cinco vice-presidentes dos seus respetivos partidos políticos uma visita frutífera de cinco dias," disse o ministério na rede social Twitter.
A delegação irá encontrar-se com Tsai Ing Wen, o vice-presidente, Lai Ching Te, o líder do parlamento You Si Kun, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Joseph Wu, deputados e outros responsáveis, para abordar questões da segurança nacional de Taiwan.
O grupo irá ainda visitar um parque científico para impulsionar o comércio bilateral na cadeia industrial de tecnologia e segurança.
Taiwan é o maior produtor do mundo de 'chips' semicondutores, essenciais no fabrico de alta tecnologia.
Esta é a segunda visita oficial de um país europeu desde o início de agosto, altura da visita da presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, a Taiwan.
Em 07 de setembro, um grupo de cinco deputados franceses, liderado pelo senador Cyril Pellevat, chegou à ilha.
No início de agosto, Pequim embarcou numa demonstração de força em retaliação à visita de Pelosi, após a qual mais seis delegações norte-americanas visitaram também Taiwan, no espaço de um mês.
A China enviou navios de guerra, mísseis e caças para a ilha durante uma semana. Foram os maiores e mais agressivos exercícios desde meados da década de 1990.
China e Taiwan vivem como dois territórios autónomos desde 1949, altura em que o antigo governo nacionalista chinês se refugiou na ilha, após a derrota na guerra civil frente aos comunistas. Pequim considera Taiwan parte do seu território e ameaça a unificação através da força, caso a ilha declare formalmente a independência.
Os Estados Unidos romperam relações diplomáticas com Taipé em 1979, passando a reconhecer Pequim como o único governo legítimo de toda a China. Washington continua, no entanto, a ser o principal fornecedor de armas e aliado da ilha.
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