A convocação do embaixador foi feita na noite de sábado, quando Igor Kizim recebeu uma nota oficial de protesto sobre "os planos de Kyiv para atacar a Bielorrússia", informou o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia.
Na mesma declaração, o porta-voz do ministério ucraniano, Oleg Nikolenko, "rejeitou categoricamente as insinuações do regime bielorrusso" sobre os alegados planos.
O Presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, confirmou abertamente, esta semana, que o seu Governo participa na ofensiva militar lançada pela Rússia na Ucrânia, depois de se ter esforçado, durante meses, por esconder o seu envolvimento com a invasão ordenada em fevereiro pelo Presidente russo, Vladimir Putin.
"Não descartamos que a entrega da nota diplomática possa fazer parte do plano russo de provocar e acusar ainda mais a Ucrânia. As autoridades bielorrussas devem parar de obedecer aos caprichos do Kremlin e parar imediatamente de apoiar a Rússia na sua agressão contra a Ucrânia", acrescentou o ministério ucraniano, num comunicado publicado na rede social Facebook.
O porta-voz apelou ainda à população bielorrussa "para não sucumbir às provocações".
"A Ucrânia nunca invadiu territórios estrangeiros. Aderimos estritamente às normas e princípios fundamentais do direito internacional e da Carta das Nações Unidas", sublinhou.
A invasão russa contra a Ucrânia, lançada em 24 de fevereiro, foi justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia.
A iniciativa russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
Leia Também: Deslocados ucranianos integrados em Mogadouro meio ano após a sua chegada