O PT sustenta que o vídeo gravado pelo deputado federal eleito mais votado em 2022, Nikolas Ferreira, é "mentiroso e difamatório", pois espalha "estigmas sabidamente incertos", como o apoio de Lula da Silva a organizações de crime, uso de drogas entre os jovens ou tentativa de censurar as redes sociais.
"Não há dúvida de que o vereador Nikolas Ferreira, ao dizer 'faça o L', se refere ao candidato Luiz Inácio Lula da Silva uma vez que se sabe que essa é uma das marcas de campanha do candidato e de seus apoiadores", argumentaram os advogados do PT.
O partido ressalvou que com esse gesto, somado à desinformação disseminada, torna "indiscutível" que Ferreira se refira a Lula da Silva "na tentativa de manipular a opinião dos eleitores brasileiros."
O vídeo, publicado na sexta-feira nas redes sociais de Nikolas Ferreira, alcançou até agora mais de 670 mil visualizações só no Twitter e foi compartilhado por outros aliados, como Carla Zambelli, o próprio Presidente, Jair Bolsonaro, e um de seus filhos, Eduardo Bolsonaro.
O PT exigiu não apenas a retirada do vídeo, mas também uma multa de 25 mil reais (4.900 euros) para Ferreira e os funcionários públicos que também divulgaram o vídeo em seus perfis nas redes sociais.
Essa nova reclamação do PT ocorre paralelamente à decisão contra o partido proferida no domingo pela juíza do TSE Maria Cláudia Bucchianeri em relação a outro pedido de remoção de um canal do YouTube com o título "Lula Flix", com o qual estaria sendo feita publicidade negativa e divulgando informações falsas sobre o ex-presidente.
Lula da Silva ganhou a primeira volta das eleições brasileiras com 48,4% dos votos, enquanto Jair Bolsonaro obteve 43,2%.
Os dois competirão pela presidência na segunda volta marcada em 30 de outubro.
Segundo uma pesquisa divulgada sexta-feira pelo instituto Datafolha, Lula da Silva tem 49% de intenções de voto contra 44% para o candidato apoiado pela extrema-direita brasileira.
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