"Estamos aqui para fazer a entrega simbólica de cinco ambulâncias e estamos cientes de que não é tudo, mas vai ajudar as populações" disse Florian Morier, representante do PNUD.
O responsável salientou que infraestruturas e equipamentos de nada servem "sem pessoal, o principal ator" das intervenções e que o PNUD está "ciente" dos "esforços do Governo: esperamos que suporte a reconstrução" da província, "colocando pessoal e recursos" no terreno.
"Apesar dos desafios, o PNUD vai continuar a apoiar a reconstrução de Cabo Delgado através da capacitação de serviços públicos e autoridades", concluiu.
As ambulâncias vão beneficiar os distritos de Quissanga, Muidumbe, Nangade e Mocímboa da Praia.
António Supeia, secretário de Estado provincial, referiu no evento que a medida faz parte do programa de reconstrução de Cabo Delgado para "aliviar" o sofrimento das populações que estão a regressar às suas zonas de origem.
A província de Cabo Delgado é rica em gás natural, mas aterrorizada desde 2017 por violência armada, sendo alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico.
A insurgência levou a uma resposta militar desde há um ano com apoio do Ruanda e da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), libertando distritos junto aos projetos de gás, mas surgiram novas vagas de violência a sul da região e na vizinha província de Nampula.
Em cinco anos, o conflito já fez um milhão de deslocados, de acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), e cerca de 4.000 mortes, segundo o projeto de registo de conflitos ACLED.
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