"Após um ataque das Forças Armadas ucranianas, um depósito de munições explodiu numa vila na região de Belgorod", destacou Vyacheslav Gladkov, numa mensagem através da rede social Telegram.
A mesma fonte acrescentou que, segundo "os dados preliminares", não resultaram "mortos ou feridos".
Autoridades russas acusaram hoje a Ucrânia de bombardear um prédio habitacional em Belgorod, uma grande cidade raramente atingida por ataques que se localiza numa região na fronteira com a Ucrânia.
"As Forças Armadas ucranianas bombardearam Belgorod. A defesa aérea foi ativada. Há destruição num prédio residencial", vincou Gladkov no Telegram.
Segundo o governador, não se registaram mortos e os danos não são "críticos" para o prédio.
Uma parte não detonada de um projétil também caiu no campo desportivo de uma escola secundária da cidade.
Imagens divulgadas nas redes sociais mostraram o último andar desse prédio residencial de quinze andares destruído, enquanto um vídeo mostra o impacto e uma nuvem de fumo preto.
Vyacheslav Gladkov também acusou Kiev de ter disparado contra a vila russa de Krasnoye, localizada na fronteira com a Ucrânia.
"Há destruição no terreno de uma escola", frisou, publicando também uma foto de uma cratera com estilhaços.
Na região russa de Kursk, outra zona de fronteira com a Ucrânia, duas aldeias ficaram hoje sem energia depois de bombardeamentos ucranianos terem danificado uma central de energia, de acordo com uma publicação do governador, Roman Starovoit, no Telegram.
Na terça-feira, Gladkov informou que 2.000 moradores ficaram sem energia após um ataque ucraniano a uma central elétrica na cidade de Chebekino, também na região de Belgorod.
Por outro lado, na segunda-feira, as autoridades russas divulgaram que uma mulher de 74 anos morreu e outras pessoas ficaram feridas num outro bombardeio nesta localidade.
A Rússia relatou na semana passada um "aumento significativo" dos ataques ucranianos contra territórios russos junto à fronteira.
Segundo Moscovo, estes ataques atingiram prédios residenciais, centrais de energia, edifícios governativos e postos de fronteira.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,5 milhões para os países europeus --, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
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