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Policia angolana deteve professor que organizou marcha de alunos

A Polícia angolana deteve um professor que organizou uma marcha de alunos para exigirem novas carteiras numa escola do município de Viana, província de Luanda, informaram hoje as autoridades.

Policia angolana deteve professor que organizou marcha de alunos
Notícias ao Minuto

11:51 - 14/10/22 por Lusa

Mundo Angola

Segundo o porta-voz do comando provincial de Luanda da Polícia Nacional, Nestor Goubel, o professor liderou uma marcha de aproximadamente 300 alunos, com o objetivo de chegarem à repartição de educação de Viana, "para reclamar contra a falta de carteiras, para acomodação dos alunos".

Tendo em conta a situação, "a polícia foi acionada pela direção da escola, na pessoa do diretor, João Paulo de Oliveira, (segundo o qual), antes da saída da escola, por instigação do próprio professor, já haviam danificado cerca de 50 carteiras", disse.

Nestor Goubel frisou que o professor é acusado de organizar uma marcha não autorizada e do crime de danos materiais, avaliados em 1,7 milhões de kwanzas (cerca de 4.000 euros).

"Cada carteira tem o preço unitário de 35 mil kwanzas (82 euros), o que perfaz um global de 1,750 milhões de kwanzas", sublinhou o porta-voz da Polícia de Luanda.

Informações que circularam nas redes sociais sobre o caso davam conta que a polícia fez disparos para dispersar os manifestantes.

Em declarações à agência Lusa, Nestor Goubel disse que foi aberto um inquérito para se apurar a veracidade desta informação e "vão ser assacadas responsabilidades".

"Em princípio, parece que o professor mostrou resistência. Ele levou meninos de 12, 15 anos, para essa manifestação, com todas as consequências, barraram estradas, parecia que estava a cumprir uma outra agenda", frisou.

Segundo o porta-voz da Polícia de Luanda, o professor tem apenas 15 dias de trabalho na instituição "e já se propõe a realizar uma marcha".

"Quando a polícia é solicitada para intervir, ele colocou uma série de obstáculos, quase que afrontou a polícia em cenas de desacato, mas foi aberto um inquérito para saber até que ponto é que isto confere com a verdade dos factos", realçou.

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