Finlândia apenas admite adesão à NATO em simultâneo com a Suécia
O Presidente da Finlândia, Sauli Niinisto, rejeitou hoje a possibilidade de o seu país aderir à NATO a um ritmo diferente da Suécia, face à recusa da Turquia em ratificar de momento o ingresso de Estocolmo na Aliança Atlântica.
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Mundo NATO
Na semana passada, o Presidente turco Recep Tayyip Erdogan anuiu a que o seu país ratifique o ingresso da Finlândia na NATO, mas não da Suécia, alegando que o Governo sueco ainda não cumpriu o acordo em torno do combate ao que designa de "terrorismo curdo".
Em declarações aos 'media', Niinisto defendeu hoje que os dois países nórdicos devem cooperar para uma adesão simultânea à NATO. "Iniciámos este processo com a Suécia e vamos prossegui-lo com a Suécia", disse.
"O facto de se especular sobre uma admissão da Finlândia antes da Suécia é algo que serve os interesses de outros, e não os nossos", insinuou Niinisto.
A Finlândia e a Suécia formalizaram em maio passado o seu pedido de adesão à NATO de forma conjunta, após décadas de não-alinhamento, uma decisão justificada pela alteração do quadro de segurança europeu na sequencia da invasão russa da Ucrânia.
O processo de adesão dos dois países escandinavos registou uma celeridade sem precedentes, e em apenas cinco meses 28 dos 30 Estados-membros da Aliança ratificaram o seu ingresso, com as exceções da Turquia e Hungria.
O Presidente Tayyip Erdogan, que de início bloqueou o processo de ratificação ao argumentar que os dois países candidatos forneciam proteção e apoio a curdos definidos de "terroristas", prescindiu do seu veto em junho durante a cimeira da NATO em Madrid.
Em troca, Ancara impôs um conjunto de condições à Finlândia e Suécia, incluindo a extradição dos ativistas curdos que considera "terroristas" e o fim do veto à exportação de armamento para a Turquia, uma medida aceite por Helsínquia e Estocolmo.
Segundo Erdogan, o seu país está agora disposto a ratificar o ingresso da Finlândia na NATO, mas está disposto a bloquear o acesso da Suécia "enquanto as organizações terroristas continuem a manifestar-se na rua e estiverem presentes no parlamento sueco".
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