"O capitão Traoré acaba de ser unanimemente nomeado Presidente da transição", disse um membro da junta militar no poder, de acordo com a agência France-Presse, que confirmou a declaração com outro líder militar no país.
A reunião nacional, com cerca de 300 pessoas, adotou o artigo 5 de uma "carta de transição" que estipula que "o presidente do Movimento Patriótico de Salvaguarda e Restauração [MPSR, a junta militar no poder] assume as funções de Presidente da transição, chefe de Estado e chefe supremo das Forças Armadas Nacionais".
Traoré tem sido o chefe do MPSR desde o golpe de 30 de setembro.
Na reunião, foi também adotado o artigo 4 da carta, que estipula que "o mandato do Presidente da transição termina com a investidura do Presidente resultante das eleições presidenciais" previstas para julho de 2024, e acrescenta que "o Presidente de transição não é elegível para as eleições presidenciais, legislativas e municipais que serão organizadas para pôr fim à transição".
Em 24 de janeiro, soldados liderados pelo tenente-coronel Paul Henri Sandaogo Damiba e afiliados no MPSR derrubaram o Presidente Roch Marc Christian Kaboré, acusado de não conseguir fazer frente aos ataque terroristas que se multiplicaram no Burkina Faso.
Os ataques não pararam em oito meses e, perante a constante deterioração da situação, um novo golpe teve lugar em 30 de setembro, levando o capitão Ibrahim Traoré, de 34 anos, ao poder.
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