O ativista pelos direitos LGBTI+, Peter Tatchell, foi detido no Qatar, a 26 dias do início do Campeonato do Mundo de futebol, por empunhar um cartaz a denunciar que aquele país não aceitava a comunidade gay. Um protesto que levou a cabo sozinho.
“O Qatar detém, prende e obriga as pessoas LGBT à conversão”, pode ler-se no cartaz do ativista, que também usava uma t-shirt com a hashtag: #QatarAntiGay
Cinco agentes da polícia - dois fardados e três à paisana - terão abordado Peter Tatchell para lhe retirar o cartaz e identificá-lo.
A Fundação Peter Tatchell diz que este foi detido por cerca de 40 minutos do lado de fora do Museu Nacional do Qatar.
Contudo, de acordo com a Sky News, citando a embaixada do Qatar em Londres, o homem não foi preso.
Human rights activist Peter Tatchell was detained in Qatar after he staged what his foundation claims to be the first-ever public LGBT+ protest in any Gulf state just 26 days before the World Cup.
— Sky Sports News (@SkySportsNews) October 25, 2022
The Qatari embassy in London told Sky News that Mr Tatchell had not been arrested.
"Fiz este protesto para esclarecer os abusos dos direitos humanos no Qatar contra pessoas LGBTI+, mulheres, trabalhadores migrantes e cidadãos liberais. Estou a apoiar a sua corajosa batalha contra a tirania", disse, em declarações feitas pouco antes de seu protesto, citadas pelo mesmo meio de comunicação.
"A FIFA falhou em garantir mudanças no Qatar. Não houve reformas legislativas sobre os direitos LGBTI+ ou das mulheres. As melhorias para os trabalhadores migrantes foram, na melhor das hipóteses, irregulares. A FIFA está a deixar o Qatar fugir de muitas das suas promessas ao conceder o direito de manter o Campeonato do Mundo", acrescentou.
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