Biden garante a Sunak que Reino Unido continua a ser aliado mais próximo
O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, assegurou que o Reino Unido "continua a ser o aliado mais próximo" dos norte-americanos, durante uma conversa telefónica com o novo primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, revelou esta terça-feira Downing Street.
© Mark Makela/Getty Images
Mundo Reino Unido
"(...) Biden afirmou que o Reino Unido continua a ser o aliado mais próximo da América e o primeiro-ministro confirmou a grande força do relacionamento" entre os dois países, referiu o gabinete do chefe do governo britânico.
Os dois líderes discutiram a extensão da cooperação Reino Unido-EUA, quer bilateralmente, quer em regiões como o Indo-Pacífico, onde "o pacto AUKUS faz parte dos esforços dos dois países para aumentar a estabilidade e combater a influência maligna da China", acrescentou Downing Street.
Ainda a nível internacional, os governantes refletiram sobre o papel de liderança que os dois países desempenham no apoio ao povo da Ucrânia e "na garantia de que [o Presidente russo, Vladimir] Putin falhe" na guerra.
Sunak e Biden também "concordaram com a necessidade de garantir que o povo da Irlanda do Norte tenha segurança e prosperidade por meio da preservação do Acordo de Belfast (Sexta-feira Santa)".
O primeiro-ministro irlandês, Micheál Martin, apelou esta terça-feira ao novo chefe do Governo britânico, para negociar rapidamente com a Comissão Europeia soluções sobre o protocolo do 'Brexit' para a Irlanda do Norte.
O protocolo, concluído em 2019, foi a solução encontrada durante o processo do Brexit (saída do Reino Unido da UE) para evitar uma fronteira física com a Irlanda, um dos requisitos dos acordos de paz de 1998 para o território.
Na prática, deixa a Irlanda do Norte dentro do mercado único de mercadorias da UE, ficando o território sujeito a normas e leis europeias, e implica controlos e documentação adicional sobre mercadorias que circulam entre o Reino Unido e a província.
As negociações para se chegar a um acordo sobre a questão foram interrompidas nos últimos meses, e Londres fez aprovar legislação que permitiria ao Reino Unido rasgar unilateralmente partes do acordo de saída da UE que assinou com Bruxelas.
O Reino Unido abandonou a UE em 31 de janeiro de 2020.
O novo primeiro-ministro britânico prometeu esta terça-feira consertar os "erros cometidos" por Liz Truss, colocando a "estabilidade económica" no centro de um governo que promete liderar com "integridade, profissionalismo e responsabilidade".
Num discurso no exterior da residência oficial, em Downing Street, Sunak vincou que a antecessora "não estava errada em querer melhorar o crescimento" no Reino Unido.
"É um objetivo nobre. E admirei a inquietação para promover mudanças. Mas foram cometidos alguns erros", reconheceu, acrescentando ter sido eleito "em parte para os corrigir".
Rishi Sunak é o terceiro primeiro-ministro britânico desde o início do ano e o quinto a ocupar ao cargo em seis anos.
Sunak tornou-se oficialmente primeiro-ministro britânico esta manhã após uma audiência com o Rei Carlos III no Palácio de Buckingham, em Londres.
O conservador foi recebido pelo monarca, que, enquanto chefe de Estado, tinha aceitado minutos antes a demissão da anterior primeira-ministra, Liz Truss, e foi encarregado de formar um novo governo enquanto líder do Partido Conservador, que tem maioria parlamentar.
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