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Sunak reivindica vitória de 2019 para recusar eleições antecipadas

O novo primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, recusou convocar eleições legislativas antecipadas como exige a oposição, argumentando que vai cumprir o programa com que o Partido Conservador ganhou a maioria parlamentar em 2019. 

Sunak reivindica vitória de 2019 para recusar eleições antecipadas
Notícias ao Minuto

14:07 - 26/10/22 por Lusa

Mundo Reino Unido

Em resposta ao líder do Partido Trabalhista, Keir Starmer, que urgiu Sunak a "dar a palavra aos trabalhadores e convocar umas eleições legislativas", o primeiro-ministro reivindicou legitimidade para exercer o cargo. 

"O nosso mandato está baseado no programa [eleitoral] com que fomos eleitos [em 2019], uma eleição que, tenho de lembrar, nós ganhámos e ele perdeu", replicou. 

O mandato, lembrou, promete "um NHS [serviço de saúde público] mais forte, escolas melhores, ruas mais seguras, controlo das nossas fronteiras e nivelamento [do país economicamente]". 

O Partido Trabalhista, que lidera as sondagens com cerca de 30 pontos percentuais de vantagem sobre o Partido Conservador, no poder há 12 anos, tem apelado diariamente à convocação de eleições legislativas, previstas para 2024.

Uma sondagem Ipsos publicada na segunda-feira indicava que 62 por cento dos eleitores querem eleições antes do final de 2022.

Esta foi a primeira vez que Sunak protagoniza o debate semanal na Câmara dos Comuns, a câmara baixa do parlamento britânico, enquanto chefe de Governo. 

No debate, Starmer criticou o oponente por ter reconduzido Suella Braverman como ministra do Interior, apesar de esta ter desrespeitado as regras de segurança do Governo ao enviar um documento oficial que não é público de uma conta de correio eletrónico pessoal. 

"O primeiro-ministro prometeu integridade, profissionalismo e responsabilidade, mas depois, como primeiro ato, nomeou uma ministra do Interior que foi demitida pela antecessora [Liz Truss] há uma semana atrás", acusou. 

O Partido Trabalhista pediu uma investigação à nomeação, alegando inconsistências, notícias de que a decisão foi questionada por responsáveis do gabinete do primeiro-ministro e que Braverman já tinha violado as regras anteriormente. 

"A ministra do Interior cometeu um erro de juízo, mas ela reconheceu-o", defendeu Sunak, acrescentando que está "encantado por tê-la num governo unido que oferece experiência e estabilidade". 

Rishi Sunak, de 42 anos, foi indigitado primeiro-ministro pelo Rei Carlos III na terça-feira, tornando-se no terceiro líder do Partido Conservador a ocupar o cargo em sete semanas, depois de Boris Johnson e Liz Truss. 

O antigo ministro das Finanças foi o único candidato à liderança dos 'tories' a receber o apoio requerido de pelo menos 100 dos 357 deputados Conservadores, evitando assim uma votação dos militantes.

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