Ativistas dizem que forças iranianas mataram duas pessoas em Zahedan

Ativistas disseram hoje que as forças de segurança do Irão mataram pelo menos duas pessoas em Zahedan, depois de terem aberto fogo contra manifestantes, ameaçando aumentar as tensões no país.

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Lusa
28/10/2022 22:45 ‧ 28/10/2022 por Lusa

Mundo

Irão

Localizada na província iraniana do Sistão-Baluchistão, Zahedan assistiu à violência mais mortal até agora das últimas semanas de protestos no Irão.

As manifestações na cidade eclodiram devido à alegada violação sexual de uma menina por parte de um polícia, encaixando-se nos protestos pela morte de Mahsa Amini, de 22 anos, em setembro, que se propagaram por todo o país.

Ativistas estimam que apenas em Zahedan cerca de 100 pessoas foram mortas desde que uma manifestação ocorrida em 30 de setembro desencadeou uma violenta resposta policial.

No entanto, a agência de notícias estatal IRNA divulgou uma declaração do conselho de segurança da província, dizendo que o chefe da polícia de Zahedan e outro agente foram demitidos.

O texto reconheceu pela primeira vez que a polícia disparou e matou pessoas que rezavam numa mesquita próxima dos protestos de 30 de setembro.

A versão do conselho de segurança da manifestação alegou que 150 pessoas, incluindo homens armados, atacaram uma esquadra e tentaram tomá-la durante os protestos.

O "conflito armado e os disparos da polícia, infelizmente, levaram aos ferimentos e à morte de vários fiéis e transeuntes inocentes que não tiveram nenhum papel nos distúrbios", indicou a nota.

Todavia, o documento afirmou que apenas 35 pessoas foram mortas, enquanto ativistas estimam que as forças de segurança mataram cerca de três vezes mais.

O conselho de segurança do Sistão-Baluchistão reconheceu "negligência por parte de alguns funcionários" e prometeu indemnizações às famílias das "vítimas inocentes", além de ações legais contra os envolvidos.

Leia Também: Depois de Rússia e Bielorrússia, Nobel exclui o Irão da cerimónia

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