A presidente do PT acusou, esta segunda-feira, o atual presidente do Brasil de estar a incentivar a greve dos camionistas no país, que já bloquearam estradas em, pelo menos, 16 estados brasileiros.
"Bolsonaro orientando para o caos no país. Mandando empresários do transporte e gente do agronegócio trancar rodovias, com objetivo político de questionar eleição e ele poder agir pela Lei e Ordem", escreveu Gleisi Hoffmann numa publicação partilhada no Twitter.
"A preocupação com o povo e a economia do país é zero", considerou a deputada federal, acrescentando: "É tudo pelo poder. Vergonhoso".
Bolsonaro orientando para o caos no país. Mandando empresários do transporte e gente do agronegocio trancar rodovias, com objetivo político de questionar eleição e ele poder agir pela Lei e Ordem. A preocupação com o povo e a economia do país é zero. É tudo pelo poder. Vergonhoso
— Gleisi Hoffmann (@gleisi) October 31, 2022
A aliada de Lula da Silva, o presidente eleito do Brasil, já tinha utilizado as redes sociais para criticar estes protestos, que começaram no dia seguinte à derrota de Jair Bolsonaro, e que já fizeram também a Polícia Militar encerrar a circulação de trânsito desde a Esplanada dos Ministérios até ao Congresso Nacional, em Brasília, para prevenir manifestações pró-bolsonaristas.
"Esse movimento de caminhões paralisando estradas, eminentemente político, prejudica o país e o povo", referiu ao início da tarde de hoje, considerando que "as autoridades estaduais e nacionais tem de tomar providências urgente". A aliada do presidente eleito deixa ainda algumas críticas às autoridades, questionando ainda se a Polícia Rodoviária Federal será "tão rápida para resolver esse bloqueio como foi para parar eleitores no Nordeste".
Com 100% das urnas apuradas, Luiz Inácio Lula da Silva venceu as eleições presidenciais no domingo por uma curta margem, obtendo 50,9% dos votos contra os 49,1% alcançados pelo atual chefe de Estado, Jair Bolsonaro, que aspirava a um novo mandato de quatro anos.
Lula da Silva assumirá novamente a presidência do Brasil em 1 de janeiro de 2023 para um terceiro mandato, depois de ter governado o país entre 2003 e 2010.
Jair Bolsonaro, líder da extrema-direita brasileira, ainda não se pronunciou sobre o assunto, gerando incerteza sobre se aceitará ou não os resultados eleitorais.
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