Coreia do Sul quer rever lei de segurança após debandada mortal em Seul
O partido no poder na Coreia do Sul anunciou hoje que pretende rever a lei de segurança e gestão de desastres, na sequência da debandada que causou mais de 150 mortos em Seul, no sábado.
© Reuters
Mundo Seul
Um deputado do Partido do Poder Popular Sung Il-jong disse que o partido pretender rever a lei para "reforçar a gestão da segurança em eventos sem organizadores", de acordo com a agência de notícias sul-coreana Yonhap.
A declaração de Sung surge um dia depois do Presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, ter defendido a criação de um sistema para garantir o controlo de multidões em eventos que não sejam responsabilidade de uma agência ou entidade específicas.
O acidente de sábado aconteceu depois de cerca de 100 mil pessoas, na maioria jovens com cerca de 20 anos de idade, vestidas para o Halloween, terem convergido para Itaewon, uma zona de bares e discotecas num labirinto de vielas estreitas e íngremes ao longo de uma avenida principal.
O Halloween não é um ato organizado por um órgão específico, como um festival, um concerto, um evento desportivo ou uma manifestação, e, portanto, a lei na Coreia do Sul não obriga a estabelecer um plano de medidas de segurança ou protocolos com as forças de segurança.
Algumas testemunhas descreveram uma completa falta de medidas para canalizar ou controlar a multidão.
A polícia já reconheceu ter destacado apenas 137 agentes em Itaewon, na noite de sábado, apesar de ter dito que o número era mais elevado do que nas festas de Halloween nos anos anteriores, numa resposta às críticas surgidas na internet e na imprensa sul-coreana.
Entretanto, as autoridades anunciaram a morte de uma mulher de 24 anos, o que eleva para 155 o número de vítimas mortais do acidente, que causou também 30 feridos graves e 122 ligeiros. A maioria das vítimas, 100, são mulheres, sobretudo na faixa dos 20 aos 30 anos.
A Coreia do Sul está a observar luto nacional ao longo da semana. Muitos eventos foram cancelados, estando as bandeiras a meia haste em todo o país.
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