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Bolsonaro pede desbloqueio de estradas. "Não vamos perder a legitimidade"

"Protestem de outra forma, noutros locais, isso é bem-vindo", sublinhou. Veja o vídeo.

Notícias ao Minuto

23:14 - 02/11/22 por Teresa Banha

Mundo Brasil

O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, partilhou, esta quarta-feira, um vídeo no qual pede aos seus apoiantes para desobstruírem as centenas de estradas, bloqueadas desde segunda-feira numa onda de protestos contra os resultados eleitorais.

"Sei que estão chateados, tristes e esperavam outra coisa. Eu também esperava outra coisa - mas vamos manter a cabeça no lugar", começa por dizer o chefe do executivo brasileiro, que reagiu há pouca mais de 24 horas.

Repetindo, tal como disse ontem, que as manifestações eram bem vindas, Bolsonaro voltou a repetir durante os anos em que esteve no poder sempre respeitou a Lei, e que manifestações podem acontecer, dando exemplo da grande manifestação da Esplanada dos Ministérios, em 2021. "O fechamento de rodovias por todo o Brasil prejudica o direito das pessoas de ir e vir das pessoas. Está na nossa Constituição, sempre estivemos dentro dessas quatro linhas [...]. Além e que prejudica a nossa economia",  referiu no vídeo partilhado no Twitter.

"Desobstrua as rodovias. Isso não faz parte de manifestações legítimas. Não vamos perder a nossa legitimidade [...]. E deixo claro: vocês estão a manifestar-se espontaneamente", apontou, acrescentando que têm havido dificuldades enormes nesta situação.

"Protestem de outra forma, noutros locais, isso é bem-vindo", sublinhou.

O atual líder do executivo brasileiro, no poder desde 2018, esteve mais de 24 horas em silêncio. Os resultados eleitorais resultaram num bloqueio levado a cabo por camionistas apoiantes de Bolsonaro.

A paralisação, que começou na segunda-feira, levantou algumas dúvidas sobre a segurança no país, tendo a Polícia Militar encerrado a Esplanada dos Ministérios, em Brasília, até ao Congresso Nacional, por forma a prevenir manifestações de apoiantes do atual presidente.

Com 100% dos votos contados, Luiz Inácio Lula da Silva venceu as presidenciais de domingo por uma margem estreita, recebendo 50,9% dos votos, contra 49,1% para Jair Bolsonaro, que procurava obter um novo mandato de quatro anos.

Leia Também: Brasil. MP apura situação em que manifestantes fazem saudação nazi

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