Uma ex-funcionária de Jeff Bezos deu entrada, na terça-feira, com um processo numa instância em Seattle, no estado norte-americano de Washington, contra o fundador da Amazon.
De acordo com as publicações norte-americanas, Mercedes Wedaa acusa o fundador da Amazon - e as empresas que gerem as suas propriedades - de discriminação racial, alegando que trabalhou sob" condições inseguras e prejudiciais".
Segundo a acusação, obtida pelo GeekWire, a ex-funcionária de Bezos disse que trabalhava entre 10h e 14h diárias, e que não adequadas refeições ou tempo para descansar.
Para além de não haver um local onde pudesse descansar, Wedaa diz ainda que não havia casas de banho acessíveis, o que fez com que muitas vezes tivesse que sair pela janela para aceder a uma.
De acordo cm o documento, Wedaa e outros trabalhadores desenvolveram muitas infeções do trato urinário porque "passavam grande parte do dia sem ir à casa de banho".
Ainda de acordo com a mulher, os gestores das equipas tratavam mal Wedaa e outros hispânicos, em comparação com os outros funcionários, que tratariam "de forma respeitosa e educada".
Um dos advogados de Bezos já respondeu às acusações, dizendo que Wedaa ganhava bem e que havia muitas casas de banho e zonas para descanso disponíveis. "Investigámos a situação, e elas não se justificam", explicou Harry Korrell em comunicado.
Já o advogado que representa Wedaa e outros trabalhadores disse à CNBC que "nenhum empregador está acima da lei, nem mesmo Jeff Bezos e a organização que ele tem para contratar". Patrick McGuigan acrescentou que todos os funcionários devem conseguir trabalhar "sem discriminação, com segurança, salubridade e num ambiente saudável".
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