Associações denunciam aumento dos ataques contra albinos na Tanzânia
Várias organizações de defesa dos direitos humanos pediram hoje que o governo da Tanzânia tome medidas perante o "aumento" dos ataques contra albinos e, em particular, estenda as investigações policiais aos "curandeiros tradicionais".
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Mundo Tanzânia
Na Tanzânia e em outros países da África subsaariana, partes do corpo de albinos são vendidas para práticas tradicionais e ocultas que se acredita trazer riqueza e poder.
Num comunicado conjunto, três associações de direitos humanos, incluindo a Tanzania Albinism Society, relatam em particular o ataque ao albino Joseph Mathias, em 02 de novembro, em Mwanza, no noroeste da Tanzânia.
O homem foi atacado "quando dormia por desconhecidos que lhe cortaram o braço direito", denunciam as três associações, que referem que a vítima, de 50 anos, sucumbiu aos ferimentos.
"Pedimos à polícia que garanta que todos os envolvidos (...) sejam detidos responsabilizados judicialmente", lê-se na nota, que denuncia o "aumento" deste tipo de ataques.
As investigações policiais devem ser "estendidas a pessoas como curandeiros tradicionais que estão envolvidos no mercado negro de certas partes (do corpo) de albinos", acrescenta-se no comunicado.
Em 2019, de acordo com organizações de direitos humanos da Tanzânia, os ataques contra albinos estavam em declínio acentuado, dando lugar a uma nova forma de crime que consiste em exumar os corpos dessas pessoas dos seus túmulos.
Vários casos de profanação de sepulturas albinas foram relatados desde 2016 em diferentes regiões do país.
O albinismo é uma doença genética hereditária que causa uma completa falta de pigmentação na pele, cabelos e olhos.
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