O protesto foi liderado pelo grupo 'Stop fossil fuel Subsidies', que faz parte de uma rede global de resistência civil conhecida como A22 e que visa forçar o governo australiano a deixar de subsidiar os combustíveis fósseis.
"Temos o capitalismo enlouquecido", disse uma das ativistas. "As famílias têm de escolher entre medicamentos e alimentos para os seus filhos, enquanto as empresas de combustíveis fósseis têm lucros recorde. E, no entanto, o nosso governo dá 22.000 dólares por minuto em subsídios à indústria dos combustíveis fósseis".
Um porta-voz da Polícia da capital australiana disse à agência EFE que a cola não era "muito boa", e que as ativistas conseguiram sair da Galeria Nacional da Austrália antes de poderem ser presas.
Segundo o diário britânico The Guardian, imagens divulgadas pelos ativistas mostram vários rabiscos azuis ao longo da obra, percebendo-se que foram feitos sobre a moldura de vidro e que a obra não ficou danificada.
Confirmando o incidente, a Galeria Nacional da Austrália afirmou que a instituição "não deseja promover estas ações e não comentará mais" o assunto, uma vez que o protesto está a ser investigado pelas autoridades australianas.
Este incidente surge após protestos semelhantes pelo clima contra obras de arte famosas: Um grupo ambiental alemão atirou puré de batata a um quadro de Claude Monet num museu de Potsdam, ativistas da 'Just Stop Oil' atiraram sopa de tomate sobre os girassóis de Vincent van Gogh na galeria nacional de Londres e dois ativistas do grupo espanhol Futuro Vegetal colaram-se às molduras das pinturas 'A Maja Nua' e 'A Maja Vestida', de Francisco de Goya, expostas no Museu Nacional do Prado, em Madrid.
Este ato surge também enquanto a 27.ª conferência do clima da Organização das Nações Unidas, COP27, decorre em Sharm El Sheikh, no Egito.
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