"Uma coisa é certa: a Rússia não vai conseguir vencer esta guerra"

Após o anúncio da retirada das tropas russas da cidade ocupada de Kherson, o historiador José Milhazes considerou que a Rússia "já não tem capacidade" de se reorganizar.

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Márcia Guímaro Rodrigues
09/11/2022 17:28 ‧ 09/11/2022 por Márcia Guímaro Rodrigues

Mundo

José Milhazes

O historiador e jornalista José Milhazes considerou, esta quarta-feira, que a Rússia “não vai conseguir vencer” a guerra na Ucrânia e que as tropas russas deixaram de ter capacidades para se reorganizarem.

A posição de Milhazes surgiu após o ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, ter ordenado a retirada das tropas da cidade de Kherson, que deverão agora fixar-se na margem esquerda do rio Dnipro.

Questionado pela SIC Notícias sobre se a Rússia tem capacidade para reorganizar as suas tropas na Ucrânia, Milhazes considerou tratar-se de “uma incógnita”.

“Se nós estivéssemos no início da guerra, ou melhor, num dia antes da guerra, as pessoas diriam que [Vladimir] Putin tem forças para isso [reorganizar as tropas] e muito mais”, começou por afirmar Milhazes, acrescentando que “hoje já é uma grande incógnita”.

O historiador enumerou alguns “fatores negativos” que mostram a razão pela qual a Rússia não conseguirá reorganizar as suas tropas. “A má alimentação das tropas, a desorganização da logística, a fuga dos oficiais que deixaram soldados morrer como moscas, principalmente os mobilizados”, afirmou.

“Todos estes motivos levam-nos a acreditar que Putin não tem capacidade para manter esta guerra. Até porque é uma guerra com muitos quilómetros de frente de combate”, asseverou.

E acrescentou: “Uma coisa é certa: a Rússia não vai conseguir vencer esta guerra”.

Apesar de “ser evidente” que a Rússia não sairá vitoriosa do conflito na Ucrânia, Milhazes considerou que “este poderá ser o momento para recomeçarem as conversações”.

O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.

A ONU confirmou que cerca de seis mil civis morreram e quase dez mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.

Leia Também: Rússia ordena retirada de tropas da cidade de Kherson

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