Governo etíope diz controlar 70% do Tigray. Rebeldes discordam
Exército nacional etíope controla grande parte do norte da região de Tigray, diz governo, que tem discutido a paz, esta semana, com rebeldes.
© ASHRAF SHAZLY/AFP via Getty Images
Mundo Etiópia
O conselheiro de segurança nacional do primeiro-ministro etíope, Redwan Hussien, disse nesta sexta-feira que "70% do Tigray está sob o controlo das Forças de Defesa Nacional da Etiópia]".
No Twitter, Hussein garantiu que a ajuda humanitária para a região está a fluir "como nunca", até em partes que, segundo afirmou, não estão sob o controlo das forças do governo.
70% of Tigray is under ENDF.Aid is flowing like no other times.Even to the areas not yet held by ENDF.35 trucks of food and 3trucks of medicine arrived shire. Flights are allowed. Services are being reconnected. The agreement just provides opportunities to enhance services.
— Redwan Hussien (@RedwanHussien) November 11, 2022
Do lado da Frente de Libertação Popular de Tigray (TPLF, na sigla em inglês), no entanto, a história não é a mesma. Citado pela AFP, o seu líder, Getachew Reda, rejeita as afirmações do conselheiro etíope. "Ele está a recolher factos do nada", considera Reda.
Representantes da região e do regime de Adis Abeba estiveram, esta semana, reunidos no Quénia, para discutir a implementação de um acordo de paz assinado na semana passada na África do Sul, em que ambas as partes se comprometem a colocar fim a um conflito que já dura há dois anos.
A guerra entre o regime etíope e a TPLF arrancou em novembro de 2020, quando o primeiro-ministro etíope, Ahmed Abiy, deu início a uma ofensiva resultante da escalada de tensões políticas, incluindo a insistência da TPLF em recusar o reconhecimento do adiamento das eleições, bem como a realização de eleições regionais fora de Adis Abeba.
Desde o início da guerra, segundo números da ONU, até meio milhão de pessoas foram mortas e mais de dois milhões de etíopes foram deslocados.
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