Paris e Londres preparam novo acordo para combater travessias ilegais
A França e o Reino Unido anunciaram hoje, numa declaração conjunta, que fizeram progressos para chegar a um novo acordo sobre migração irregular.
© Getty Images
Mundo Canal da Mancha
Os ministros dos Negócios Estrangeiros francês e britânico, Catherine Colonna e James Cleverly, que se reuniram em Paris a propósito das comemorações do armistício da I Guerra Mundial, que hoje se assinala, consideraram ser "urgente combater todas as formas de migração irregular, incluindo travessias de barco improvisadas, e abordar as suas causas profundas".
Os ministros "saudaram os progressos feitos para um novo acordo importante entre a França e o Reino Unido e, neste contexto, a conclusão de uma série de medidas ambiciosas o mais rapidamente possível", adianta a mesma declaração.
Após anos de tensão, sobretudo por caudas do aumento de travessias ilegais de migrantes no Canal da Mancha, especialmente com os ex-primeiros-ministros britânicos Boris Johnson e Liz Truss, o Reino Unido e a França esperam restabelecer as suas relações sob a liderança de Rishi Sunak, o novo chefe do Governo britânico.
O novo Governo do Reino Unido mostrou-se disposto a pagar mais 80 milhões de libras (91 milhões de euros) a França para reforço das patrulhas policiais nas praias francesas, desde que os agentes britânicos passem a ter acesso aos centros de controlo franceses.
"Todos queremos que a situação seja resolvida o mais rapidamente possível", disse Sunak na segunda-feira, em Sharm el-Sheikh, Egito, após uma reunião com o Presidente francês, Emmanuel Macron, à margem da Conferência do Clima COP27.
O Reino Unido "quer cooperar estreitamente" com a França sobre o tema da migração.
Desde o início deste ano, cerca de 40.000 pessoas arriscaram a vida ao cruzar ilegalmente o Canal da Mancha, que separa os dois países, em pequenas embarcações, número que constitui já um recorde.
O Governo do Reino Unido está sob pressão para lidar com o fluxo de migrantes, depois de revelações recentes de centros de acolhimento sobrelotados e lançamento de foguetes incendiários num deles, perto de Dover.
A ministra do Interior, Suella Braverman, também gerou polémica recentemente quando afirmou, no parlamento britânico, que o fluxo de migrantes que chega ao Reino Unido constitui "uma invasão".
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