"Vemo-lo nas ruas, nas salas de aula e nos tribunais de Teerão e de outras cidades iranianas. Vemos a luta pela liberdade e justiça", disse Scholz, na sua mensagem semanal aos alemães, citado pela agência espanhola EFE.
Scholz referia-se à repressão do regime de Teerão dos protestos contra a morte da jovem Masha Amini, em 16 de setembro, depois de ter sido detida pela polícia de costumes por alegadamente usar incorretamente o véu islâmico.
A repressão dos protestos provocou cerca de 200 mortos, segundo uma organização de direitos humanos iraniana com sede fora do Irão.
"Vemos também drones iranianos a atacar cidades ucranianas. Isto é absolutamente inaceitável. Exigimos o fim imediato da violência e a libertação dos presos políticos e jornalistas", disse Scholz.
Face a esta situação, a UE deve "aumentar a pressão sobre a Guarda Revolucionária e a liderança política" no Irão com novas sanções, acrescentou.
A ministra dos Negócios Estrangeiros alemã, Annalena Baerbock, advertiu o Irão, na sexta-feira, de que o respeito pelos direitos humanos não é um "assunto nacional" e rejeitou as acusações de Teerão de interferência nos assuntos internos.
"O respeito pelos direitos humanos faz parte das fundações universais e diz respeito a toda a comunidade internacional", afirmou Baerbock, ao responder a críticas iranianas ao apoio alemão a um novo pacote de sanções e a ameaças de represálias contra Berlim.
De acordo com a revista alemã Der Spiegel, a Alemanha e outros parceiros da UE propõem uma extensão das sanções a 31 altos funcionários e instituições responsáveis pelo aparelho de segurança do Irão.
Em outubro, a UE impôs sanções contra quase uma centena de indivíduos e organizações iranianas, que responsabilizou por violações dos direitos humanos no país.
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