"Encorajamos as autoridades chinesas a usar todos os meios à sua disposição para convencer a Rússia a respeitar as fronteiras internacionalmente reconhecidas, a respeitar a soberania da Ucrânia", disse Charles Michel à Agência France-Presse (AFP).
O responsável falava em Phnom Penh, no Camboja, onde se encontra este fim de semana com líderes da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), reunidos na cúpula.
O presidente do Conselho Europeu seguirá depois para a ilha indonésia de Bali para participar do G20, ao lado do presidente chinês Xi Jinping em particular.
"É importante neste momento brutal da história da humanidade que haja cooperação internacional e o G20 será mais uma oportunidade de nos olharmos nos olhos", afirmou.
"Estamos com países que não têm exatamente os mesmos regimes políticos mas que, no mínimo, acreditamos que o direito internacional deve ser protegido", acrescentou Michel.
As relações entre a China e a União Europeia (UE) deterioraram-se desde a imposição de sanções, a ambos os lados, por alegados abusos de direitos humanos na região chinesa de Xinjiang.
Desde o início da invasão russa da Ucrânia, em fevereiro, os líderes da UE pediram repetidamente a Pequim que condenasse publicamente as ações da Rússia, até agora sem sucesso.
A UE considera a China um "parceiro, concorrente económico e rival sistémico", segundo a formulação adotada em 2019.
Os laços comerciais continuam fortes entre os dois, à semelhança do que acontece com a Alemanha, cujo chanceler foi o primeiro líder do G7 a visitar a China desde o início da pandemia de covid-19.
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